Segunda-feira, 16 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 15 de junho de 2025
Os preços do petróleo fecharam a semana com alta de 9% na sexta-feira (13), encostando em 80 dólares e atingindo máximas de vários meses, depois que Israel lançou ataques contra o Irã, provocando uma retaliação iraniana e aumentando as preocupações sobre uma interrupção no fornecimento de petróleo no Oriente Médio.
Durante o sábado (14), Israel atacou duas estruturas críticas de petróleo e gás do Irã. Neste domingo, imagens mostram instalações ainda em chamas devido aos danos. Dada a importância do país na região no segmento de energia fóssil, o preço global de combustíveis pode ser abalado no mundo todo.
Depósito de combustível e refinaria de petróleo, ambos em Teerã, foram atingidos. O Ministério do Petróleo do Irã admitiu que alvos foram atingidos por Israel para a midia estatal do país. As informações são da rede Al Jazeera.
O que aconteceu
A instalação de armazenamento de petróleo Shahran é responsável por abastecer a capital com combustível para veículos, avião e diesel. Ela tem capacidade de 260 milhões de litros, distribuídos em 11 tanques, e é o maior depósito de combustível de Teerã, capital do país.
Impacto econômico
O Irã tem a terceira maior reserva de petróleo, e a segunda reserva de gás natural do mundo. Informações são da EIA (Administração de Informação de Energia), do governo dos EUA, mencionando dados de 2023. O país fornece petróleo e gás para países da região.
País atacado considera fechar o acesso ao Estreito de Ormuz, que controla o acesso de petroleiros ao Golfo Pérsico. Cerca de 60% das reservas mundiais de petróleo ficam em países da região do golfo.
Israel deflagrou ataques aéreos contra o programa nuclear iraniano e os locais que armazenam de mísseis balísticos do país na noite de quinta-feira. A ofensiva reacendeu o confronto entre dois adversários, com risco de evoluir para um conflito mais extenso.
Embora a reação mais forte do mercado tenha ocorrido no petróleo, os movimentos em outros segmentos indicam que os investidores estão atentos à duração das tensões e à possibilidade de escalada.
“Estamos vendo os movimentos clássicos de aversão ao risco. Agora, o que estamos observando é a velocidade e a escala da resposta de Teerã. Isso vai determinar quanto tempo esses movimentos vão durar”, disse Matthew Haupt, gestor de portfólio da Wilson Asset Management.