Terça-feira, 23 de dezembro de 2025
Por Gisele Flores | 23 de dezembro de 2025
O torneio para crianças passará pelas praias de Capão da Canoa, Cidreira, Pinhal e Tramandaí.
Foto: Divulgação
Competição destinada a crianças de 5 a 15 anos, nas categorias masculino e feminino e começa dia 03/12
Verão de integração e esporte
Entre os dias 3 de janeiro e 8 de fevereiro de 2026, o litoral norte do Rio Grande do Sul será palco da 1ª Copa de Futebol Crianças Bom de Bola, torneio de futebol 7 que reunirá meninos e meninas de 5 a 15 anos em quatro cidades: Capão da Canoa, Tramandaí, Cidreira e Pinhal. Os jogos acontecerão sempre aos sábados e domingos, das 9h às 17h, à beira-mar, diante de milhares de pessoas vindas de diferentes regiões do estado.
A expectativa é de reunir cerca de 450 crianças, em um ambiente que valoriza o espírito esportivo e a convivência saudável. Mais do que competição, o evento busca oferecer uma alternativa às dificuldades enfrentadas por jovens em situação de vulnerabilidade, afastando-os das ruas, das drogas, dos vícios e até do excesso de tempo nos celulares.
O esporte como ferramenta de transformação
O coordenador geral da Copa, Carmenino Gomes Gonçalves, ressalta que o objetivo central é usar o futebol como instrumento de inclusão e formação cidadã.
“Queremos mostrar que o esporte é capaz de transformar vidas. Quando uma criança veste a camisa e entra em campo, ela aprende valores como disciplina, respeito e solidariedade. A vitória ou a derrota são apenas consequências. O que realmente importa é a participação e o aprendizado que cada um leva para casa”, afirma Carmenino.
Segundo ele, a iniciativa nasceu da observação da realidade de muitas famílias do litoral. “Há crianças que passam boa parte do tempo sem atividades estruturadas. Nosso papel é oferecer uma oportunidade de convivência saudável, onde elas possam se sentir valorizadas e reconhecidas. O futebol é apenas o caminho para isso”, explica.
Integração e honestidade como pilares
A Copa Bom de Bola pretende ser mais do que um torneio esportivo. Para Carmenino, trata-se de um movimento de integração social.
“Sempre digo que o resultado é secundário. O que buscamos é honestidade, seriedade e espírito esportivo. Se conseguirmos que cada criança entenda que participar é mais importante do que ganhar, já teremos cumprido nossa missão”, ressalta.
Ele lembra que o evento só é possível graças ao apoio de voluntários, famílias e comunidades locais. “São muitas mãos envolvidas. Desde quem ajuda a montar as estruturas até os pais que incentivam seus filhos. Esse esforço coletivo é o que dá sentido à Copa”, completa. (por Gisele Flores -gisele@pampa.com.br)