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Esporte Felipe Massa chega ao tribunal em Londres e cobra 455 milhões de reais por título perdido na F1

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Felipe Massa chegando à Corte Inglesa. (Foto: Lucas Pacheco/Reprodução)

A Justiça britânica iniciou em Londres, na Inglaterra, as audiências do processo movido por Felipe Massa contra a FIA, a Formula One Management (FOM) e o ex-chefão da categoria, Bernie Ecclestone. O caso, conhecido como o do “Singapuragate”, questiona a condução do escândalo que marcou o Grande Prêmio de Singapura de 2008 e teria influenciado o resultado final daquele campeonato da Fórmula 1. O processo é acompanhado de perto pela imprensa internacional.

O que pede Felipe Massa?

De acordo com a ação de 41 páginas apresentada pelos advogados do brasileiro, Massa não pretende alterar o resultado do campeonato, vencido por Lewis Hamilton, mas busca reconhecimento de responsabilidade e indenização por supostos prejuízos financeiros e morais decorrentes da condução do episódio.

O valor do pedido é de 64 milhões de libras (aproximadamente R$ 455 milhões), além de uma declaração oficial da FIA admitindo que violou seus próprios regulamentos ao não investigar imediatamente o caso após a corrida de Singapura.

A defesa de Massa sustenta que a FIA e a FOM agiram de forma omissa, uma vez que, segundo o próprio Bernie Ecclestone afirmou em entrevista em 2023, já sabiam da manipulação da corrida ainda em 2008, mas optaram por manter silêncio “para proteger a imagem do esporte”.

A posição da FIA e dos réus

Em resposta, a FIA classificou a ação como “tortuosa e excessivamente ambiciosa”, afirmando que Massa tenta reabrir um caso ocorrido há mais de 17 anos.

“O Sr. Massa ignora uma série de seus próprios erros  ou de sua equipe, a Ferrari durante o GP de Singapura e em outras provas que contribuíram para o resultado final daquele campeonato”, afirma a defesa da entidade.

A FOM (empresa que administra os direitos comerciais da Fórmula 1) também tratou as reivindicações como “fúteis”, afirmando que os pedidos de Massa poderiam abrir precedentes para revisões retroativas de resultados esportivos, algo que o regulamento da FIA não prevê.

Já a defesa de Bernie Ecclestone sustenta que Massa poderia ter recorrido à Justiça esportiva ainda em 2009, quando o escândalo foi confirmado, e que a ação foi movida fora do prazo legal previsto pelas leis inglesas e francesas.

Como funciona o julgamento?

O processo está sendo analisado em Londres, com participação de advogados britânicos e brasileiros. Até essa sexta-feira (31), as partes apresentam suas alegações ao juiz Robert Jay, que decidirá se a ação será arquivada sumariamente ou se seguirá para uma nova etapa, com coleta de provas e depoimentos adicionais.

Entre os pontos centrais em discussão estão prazo de prescrição, questões contratuais e a competência jurídica do tribunal inglês para julgar um caso envolvendo uma federação esportiva sediada na França.

Entenda o caso: o “Singapuragate”

O Grande Prêmio de Singapura de 2008 foi o palco do maior escândalo da Fórmula 1. Durante a corrida, Nelson Piquet Jr. bateu propositalmente o carro da Renault para provocar a entrada do safety car, beneficiando seu companheiro de equipe, Fernando Alonso, que venceu a prova.

Naquele momento, Felipe Massa liderava a corrida, mas um erro da Ferrari durante o pit stop  que deixou uma mangueira de combustível presa ao carro fez o brasileiro despencar para a 13ª posição. Hamilton terminou em terceiro e somou pontos decisivos para conquistar o título mundial por apenas um ponto de vantagem.

A manobra ilegal só foi revelada ao público em 2009, quando Piquet Jr. e seu pai denunciaram o caso. A Renault foi punida, mas os resultados da corrida foram mantidos.

Bernie Ecclestone, então dirigente máximo da Fórmula 1, declarou em 2023 que já sabia da fraude ainda em 2008, o que reacendeu a polêmica e motivou o processo atual.

 

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