Quarta-feira, 07 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 6 de outubro de 2022
Eles representam 4,85% dos parlamentares que ocuparão uma vaga na Câmara no próximo mandato.
Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos DeputadosEm São Paulo, seis “puxadores de votos” tiveram votações suficientes para se eleger “sozinhos”; distribuição de vagas na Câmara ocorre de forma proporcional ao total de votos de cada legenda ou federação
Entre os 513 eleitos à Câmara dos deputados no pleito do último domingo (2), apenas 26 receberam votos suficientes para atingir ou ultrapassar o quociente eleitoral, conquistando uma cadeira na Casa com seus próprios votos.
Eles representam 4,85% dos parlamentares que ocuparão uma vaga na Câmara no próximo mandato. Os outros 487 deputados eleitos, que representam 95,25% das cadeiras, conseguiram uma vaga a partir do total de votos de seu partido.
O percentual de parlamentares eleitos com votos próprios neste ano é menor do que o registrado em 2018, quando 27 deputados conquistaram vagas dessa maneira.
A eleição para a Câmara segue o sistema proporcional de votos de cada legenda ou federação partidária. Ao contrário do que acontece no sistema majoritário, nem sempre quem recebe mais votos fica com a vaga.
Para definir os candidatos eleitos, calcula-se o quociente eleitoral, obtido a partir da soma do número total de votos válidos no pleito dividida pelo número de cadeiras em disputa na Casa.
Em seguida, calcula-se o quociente partidário, dividindo o número de votos que o partido ou a federação obtiveram pelo quociente eleitoral. O resultado, desprezando os algarismos após a vírgula, representa o total de cadeiras a que o partido tem direito.
Em São Paulo, maior colégio eleitoral do País – e que tem direito a 70 cadeiras na Câmara –, seis deputados foram eleitos com número de votos superior ao quociente eleitoral, sendo três do PL, um do PSOL, PSB e PP.
Depois aparecem os Estados do Paraná e do Rio de Janeiro, que elegeram quatro deputados cada com o quociente eleitoral. Minas Gerais, segundo maior colégio do Brasil, elegeu dois. Entre eles, o candidato mais votado nas eleições: Nikolas Ferreira, do PL, que obteve mais de 1,49 milhão de votos.
Sob o recorte dos partidos, o PL foi o que mais elegeu deputados “sozinhos” (oito). Entre eles estão os ex-ministros Ricardo Salles e Eduardo Pazuello, e apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), como Carla Zambelli, Bia Kicis e Eduardo Bolsonaro.
O PT, que formou a segunda maior bancada da Câmara, elegeu dois desta maneira: Gleisi Hoffmann e Paulo Pimenta.
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