Quarta-feira, 26 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 6 de maio de 2017
De acordo com o Ministério do Interior, a mobilização será semelhante à feita no primeiro turno, em 23 de abril. Na ocasião, nenhum incidente importante foi registrado. Mas a detenção de um homem radicalizado que pretendia atacar uma base militar na Normandia, nesta sexta-feira, colocou as forças de segurança em estado de alerta máximo.
Em Paris
Na capital francesa, os 896 colégios eleitorais serão vigiados por agentes municipais e seguranças particulares, das 7h às 23h (horário local), explicou o vice-prefeito de Paris, Bruno Julliard, à emissora “BFMTV”. Eles se somarão aos 12 mil policiais e militares mobilizados em Paris, sendo 5 mil dedicados integralmente a garantir a segurança das votações e a ordem pública.
A principal preocupação, no momento, é com as comemorações que podem ocorrer após os resultados. O local ainda não foi anunciado oficialmente, mas equipes de segurança também serão enviadas para lá.
De acordo com o jornal “Le Progrès”, 15 supostos integrantes da Gud – organização estudantil de extrema direita – invadiram o local, onde estavam quatro pessoas, jogaram bombas e espalharam folhetos com a imagem de Emmanuel Macron. Segundo a publicação, ninguém ficou ferido.
Informações hackeadas
Às vésperas da eleição, a França busca impedir que o vazamento de emails de campanha de Macron, líder da disputa presidencial, influencie o resultado da eleição. A CNCCEP (Comissão Nacional de Controle da Campanha Presidencial da França) alertou a imprensa, neste sábado, para não publicar documentos hackeados e lembrou que a divulgação de informações falsas pode ser uma infração criminal.

Franceses que vivem nos EUA já votam hoje. (Foto: Reuters)
A equipe de Macron disse que uma invasão “maciça” havia baixado emails, documentos e informações de financiamento de campanhas online pouco antes do fim da campanha nesta sexta-feira, período em que os políticos são proibidos de se manifestar em público.
“Às vésperas das eleições mais importantes para as nossas instituições, a comissão convida todos os presentes nos sites da internet e nas redes sociais, principalmente os meios de comunicação, mas também todos os cidadãos, a mostrar responsabilidade e não transmitir esse conteúdo, para não distorcer a sinceridade da votação”, disse a comissão eleitoral francesa em um comunicado.
O “Le Monde”, um dos principais jornais franceses, anunciou que não vai publicar o conteúdo dos documentos antes do segundo turno da eleição. Em nota, o veículo afirma que a publicação desses documentos dois dias antes do segundo turno das eleições, horas antes do encerramento da campanha oficial, “visa claramente a perturbar o processo eleitoral em curso”.
O vazamento de dados surgiu em meio a pesquisas indicando que Macron estava a caminho de uma confortável vitória sobre a líder de extrema-direita Marine Le Pen na eleição de domingo, com os últimos levantamentos mostrando seu aumento de liderança.
A comissão, que supervisiona o processo eleitoral, disse depois de uma reunião de emergência marcada neste sábado que os dados foram obtidos de forma fraudulenta e podem ser misturados com informações falsas. (AG)