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Fama & TV 30 anos do assassinato de Daniella Perez: “A vida da minha Dany saiu muito barato”, diz Glória Perez

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"A vida humana é muito barata por aqui", desabafou Glória.

Foto: HBO Max/Reprodução
"A vida humana é muito barata por aqui", desabafou Glória. (Foto: HBO Max/Reprodução)

O assassinato da atriz Daniella Perez, de 22 anos, completa nesta quarta-feira (28), 30 anos. O crime chocou o País e levou à condenação do ator Guilherme de Pádua, que morreu em novembro, e da mulher dele, Paula Thomaz.

O caso culminou em uma mobilização popular voltado ao endurecimento penal para ocorrências de homicídio qualificado. A escritora Glória Perez, mãe de Daniella, falou sobre os motivos que a levaram, há três décadas, a iniciar uma campanha nacional pela inclusão desse tipo de homicídio no rol de crimes hediondos.

“A lei dos crimes hediondos foi criada em 1990 e endurecia a mão da Justiça para crimes que classificava como hediondos: todos eles contra o patrimônio. Não foi incluído na lei o homicídio qualificado. Por mais hediondo que pudesse ter sido o cometimento do crime, ele não era hediondo do ponto de vista da lei. O que a campanha de assinaturas fez foi incluir nessa lei o homicídio qualificado”, disse a diretora.

E continuou: “Há um artigo na Constituição que permite que o povo possa fazer passar uma lei. Precisávamos, na época, de um milhão de assinaturas. O cálculo é feito tomando como base a população do País e as assinaturas teriam que vir de todos os Estados. Não havia internet. As listas passavam de mão em mão, e chegavam de todos os cantos. Circulavam nas escolas, cantores e atores as deixavam nas portas dos teatros, das casas de show, foram assinadas por Chico Xavier, por d. Evaristo Arns”.

Popular

“Foi uma campanha realmente popular, um grito contra a impunidade. Em apenas três meses, sem internet e sem apoio de nenhum grande veículo de imprensa, conseguimos reunir 1,3 milhão de assinaturas que foram levadas ao Congresso e resultaram na primeira emenda popular do País”, disse Glória.

“A campanha apontou o caminho e, a partir daí, muitas outras emendas populares foram apresentadas e também se transformaram em lei”, afirmou.

Punição

Sobre a punição dos culpados, Glória é franca: “Os assassinos da minha filha ficaram cerca de seis anos presos e depois foram curtir a vida. O que eu sinto: a vida da minha Dany saiu muito barato. A vida humana é muito barata por aqui”.

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