Sexta-feira, 06 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 5 de junho de 2025
Novos resultados da pesquisa Genial/Quaest divulgados nessa quinta-feira (5) mostram que já chega a 66% o percentual de brasileiros que não querem que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se candidate à reeleição no ano que vem. Só 32% dos entrevistados dizem achar que Lula deve concorrer a mais um mandato, taxa que em dezembro era de 45%. O atual patamar de apoio a uma tentativa de reeleição é o mais baixo já registrado pelos levantamentos da Quaest.
Diante das seguidas quedas nos índices de aprovação de seu governo, Lula hoje também vê seu favoritismo para a corrida eleitoral minguar. O petista agora aparece em situação de empate técnico nas simulações de segundo turno com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), contra o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e também contra a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL).
Numa hipotética reedição do segundo turno de 2022 entre Lula e Bolsonaro, cada um teria hoje 41% das intenções de voto, segundo a pesquisa. Na rodada anterior do levantamento, em março, o petista tinha vantagem numérica com placar de 44% a 40%. Bolsonaro, no entanto, está inelegível em razão de decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ainda enfrenta processo no Supremo Tribunal Federal (STF) por acusação de ter comandado uma tentativa de golpe de Estado.
Já no cenário de confronto entre Lula e Tarcísio, o atual presidente marca 41% das intenções de voto, contra 40% do governador — também um empate técnico, considerando a margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou menos. Lula aparecia seis pontos à frente de Tarcísio na pesquisa anterior (43% a 37%), e havia iniciado o ano com nove pontos de vantagem nessa simulação (43% a 34%, em janeiro).
Caso a disputa fique entre Lula e Michelle, o atual mandatário chegaria a 43% das intenções de voto (um ponto a menos que na simulação feita em março), contra 39% da ex-primeira-dama (um ponto a mais que no levantamento anterior).
“Pela primeira vez a rejeição ao governo está se transformando em rejeição eleitoral a Lula, alavancando as candidaturas dos potenciais herdeiros de Bolsonaro. O eleitor passou a conhecer melhor nomes como Tarcísio, Ratinho e Zema, e começa a tê-los como opção na eleição presidencial”, analisou o CEO da Quaest, Felipe Nunes, em nota.
Rejeição
Tarcísio tem a vantagem de ser menos rejeitado que o ex-chefe (o atual governador foi ministro no governo Bolsonaro) e que a ex-primeira-dama. São 33% os que dizem que conhecem o governador paulista, mas não votariam nele, taxa que é de 55% para Bolsonaro e de 51% para Michelle. Por outro lado, a ex-primeira-dama é a favorita da parcela do eleitorado que se declara “bolsonarista” para ser o nome da direita caso Bolsonaro não possa registrar candidatura, ainda segundo a pesquisa.
As taxas de rejeição de Bolsonaro e Michelle só são superadas pela de Lula, agora em 57%. São oito percentuais a mais do que o registrado em janeiro, quando 49% diziam se negar a votar no atual mandatário.
Contra os demais nomes testados nas simulações eleitorais, Lula mantém vantagem. O petista supera por 40% a 38% o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD); por 40% a 36% o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD); por 44% a 34% o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP); por 42% a 33% o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo); e por 43% a 33% o governador do Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil).
Contratada pela Genial Investimentos, a Quaest entrevistou presencialmente 2.004 brasileiros de 16 anos ou mais no período de 29 de maio a 1° de junho. A pesquisa tem índice de confiança de 95%. (Com informações do jornal O Globo)