Sábado, 08 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 30 de maio de 2017
Pesquisa da ABN (Academia Brasileira de Neurologia divulgada recentemente revela que 81% dos entrevistados se automedicam para tratar dor de cabeça. Também é comum que as pessoas (50%) aceitem a indicação de remédios feita por não profissionais. O auxílio de médicos para tratar o sintoma é uma opção para 61% dos entrevistados. Foram respondidos, de forma espontânea, 2.318 questionários online, distribuídos pelas redes sociais. O estudo foi divulgado como parte das atividades do Dia Nacional de Combate à Cefaleia, em 19 de maio.
“O número de pacientes que estão tomando medicação sem orientação foi um dado que nos deixou alarmados”, afirmou o neurologista Marcelo Ciciarelli, membro da ABN e coordenador da pesquisa. Ele destacou que a automedicação pode, muitas vezes, aumentar a frequência da dor, bem como a intensidade. O aconselhável, segundo o médico, é procurar um profissional quando ocorrem mais de três crises por mês por mais de três meses.
A pesquisa identifica que 87% dos entrevistados sofrem de enxaqueca. Ciciarelli explica que este é um tipo primário da cefaleia, quando ela é a própria doença, e não o sintoma de outra, como ocorre em uma gripe. Dentre as características clínicas da enxaqueca estão: dor em apenas um lado e de forma latejante; com intensidade moderada a forte; com intolerância a barulho e a luz; e associada a enjoo. Cerca de metade dos entrevistados sofrem com doença de forma crônica, com dor por mais de 15 dias por mês.
Entre os que sofrem de enxaqueca episódica, 28% disseram estar desempregados. Para os que têm a doença crônica, o percentual sobe para 33%. “Essas pessoas têm menor nível de emprego. Estão mais desempregadas, mostrando o impacto na vida profissional das pessoas que sofrem esse tipo de dor”, apontou o neurologista.