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Por Redação O Sul | 12 de janeiro de 2020
Um vulcão perto de Manila, nas Filipinas, expeliu uma enorme massa de cinzas neste domingo (12) e acendeu o alerta de uma possível erupção. Cerca de 8000 moradores foram obrigados a deixar suas casas, e voos foram cancelados.
Segundo os sismólogos filipinos, que registraram movimentos de lava no vulcão Taal (atração turística no centro de um lago a 65 km ao sul da capital), uma erupção pode ocorrer nas próximas horas ou dias. O nível de alerta é de 4 (numa escala que vai até 5).
De acordo com especialistas, há risco também de a erupção causar um tsunami no lago.
As cinzas do vulcão chegaram à capital e a outras cidades da região, que tiveram aulas suspensas e serviços públicos cancelados.
Por conta dos riscos de agravamento de problemas respiratórios, as pessoas foram orientadas a ficar dentro de casa e usar máscaras se precisassem ir à ruas.
As autoridades filipinas da aviação ordenaram a suspensão de 172 voos chegando e saindo do aeroporto internacional quando a nuvem de cinzas atingiu 15 km de altura e tremores foram sentidos no chão.
O Taal é um dos menores vulcões ativos no mundo, mas é considerado perigoso. “Ele é único porque é um vulcão dentro de um vulcão”, disse Renato Solidum, chefe do instituto filipino de vulcanologia e sismologia.
O vulcão entrou em erupção mais de 30 vezes nos últimos 500 anos. Em 1911, 1.500 pessoas morreram num desses eventos.
O arquipélago das Filipinas está localizado no chamado “anel de fogo”, um arco com intensa atividade sísmica que se estende do Japão ao sudeste asiático através do Oceano Pacífico, onde as placas tectônicas colidem, causando terremotos e atividade vulcânica regulares.
Há dois anos, em janeiro de 2018, dezenas de milhares de pessoas tiveram que ser evacuadas devido a uma erupção do Mont Mayon, na região central de Bicol.
Na Nova Zelândia
Em dezembro último, um vulcão localizado na Ilha Branca, ponto turístico da costa leste da Nova Zelândia, entrou em erupção, deixando várias pessoas mortas e feridas.
Em formato de cone, o vulcão é o mais ativo no país da Oceania e entrou no dia 9 de dezembro. Uma enorme nuvem provocou condições instáveis, com gases tóxicos e queda de cinzas, o que dificultou o trabalho da polícia e de equipes de resgate em busca de desaparecidos.
Na ocasião da erupção, 50 pessoas estavam na ilha.