Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 3 de abril de 2020
O levantamento foi feito pelo Sebrae
Foto: DivulgaçãoOs primeiros dias de restrição à circulação de pessoas e isolamento social, em decorrência do coronavírus, já atingem o equilíbrio financeiro das empresas e ameaça a sobrevivência de milhões de pequenos negócios no Rio Grande do Sul.
Segundo pesquisa feita pelo Sebrae, 91% das micro e pequenas empresas gaúchas já sentem uma queda no seu faturamento. O número é maior do que no restante do País, onde 89% das empresas tiveram essa redução.
Já 33% dos empreendedores gaúchos afirmam que precisarão fechar o negócio permanentemente, em um mês, caso as restrições adotadas até agora permaneçam por mais tempo.
A pesquisa foi feita entre os dias 20 e 23 de março, junto a um universo de 9.105 donos de pequenos negócios no Brasil e 511 empresários no Rio Grande do Sul. Os empresários ouvidos pelo Sebrae ressaltam que, mesmo adotando uma estratégia de vendas on-line, a redução no volume de comercialização desta última semana em relação a uma semana normal chega a 69,7%.
Com a expressiva queda nas vendas, 48% dos empreendedores gaúchos já preveem que precisarão solicitar empréstimos para manter o negócio em funcionamento sem gerar demissões. No Brasil, as medidas de restrição ao deslocamento de pessoas já fizeram com que 42% dos empresários tomassem a decisão de fechar temporariamente o negócio e levou 26% a reduzirem a jornada de trabalho da empresa.
Para o presidente do Sebrae, Carlos Melles, a pesquisa confirma a importância e a urgência de medidas de socorro aos pequenos negócios. “As pequenas empresas representam 99% de todos os empreendimentos do País e geram mais da metade dos empregos formais. A situação provocada pela pandemia exige de todos os agentes públicos o compromisso pela busca de soluções concretas e rápidas para os problemas que essas empresas estão enfrentando no dia a dia da crise”, destacou.