Quarta-feira, 26 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 20 de agosto de 2020
A Petrobras informou nesta quinta-feira (20) que vai aumentar os preços médios do diesel em 5% e os da gasolina em 6% em suas refinarias, a partir desta sexta-feira (21).
Na semana passada, a estatal havia elevado os preços do diesel em 2% e os da gasolina em 4%, com o consumo de combustíveis mostrando retomada.
A elevação do diesel, combustível mais consumido do Brasil, é a sétima seguida. Já a gasolina terá o segundo aumento consecutivo, após uma redução no final de julho que foi antecedida por nove altas, conforme acompanhamento da Reuters com base em anúncios da Petrobras.
Preços nos postos
Na semana passada, os preços combustíveis seguiram em alta nos postos, segundo balanço da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
De acordo com o levantamento semanal da ANP, o valor médio do litro da gasolina ao consumidor subiu 0,4%, a R$ 4,234. O preço do litro do diesel avançou 0,7%, para R$ 3,364.
O litro do etanol avançou 0,4%, a R$ 2,769.
Produção de petróleo
A Petrobras registrou, em julho, um aumento de 2,8% na sua produção de petróleo no Brasil, em relação a junho. De acordo com dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP), a estatal produziu, em média, 2,297 milhões de barris diários — terceira maior média mensal da história da companhia, atrás apenas dos volumes produzidos em janeiro de 2020 (2,32 milhões de barris/dia) e novembro de 2019 (2,33 milhões de barris/dia). Na comparação com julho de 2019, o aumento na produção foi de 11,8%.
Os números da ANP mostram que a petroleira vem melhorando o seu desempenho operacional mês a mês, desde maio, diante da recuperação da demanda pela commodity no mercado global. A contração do consumo de petróleo atingiu entre abril e maio o seu momento mais crítico, no mundo, diante da propagação das medidas de isolamento social, na ocasião, para conter a pandemia da Covid-19.
Ainda segundo a ANP, a produção de gás natural da companhia também cresceu 2,8% em julho ante junho, para 99,924 milhões de metros cúbicos diários. Somando-se a produção de óleo e gás, o volume produzido pela empresa totalizou 2,926 milhões de barris diários de óleo equivalente (BOE/dia), o que também representa uma alta de 2,8% na comparação com o mês anterior.
ANP e Petrobras têm metodologias diferentes para contabilizar a produção de petróleo — a estatal, por exemplo, considera os líquidos de gás natural, enquanto a agência inclui o condensado, mas não o óleo de xisto produzido em São Mateus, no Paraná. De todo modo, os dados do órgão regulador dão um bom indicativo do que se esperar do relatório de produção da estatal, divulgado trimestralmente.
Para os próximos meses, contudo, a perspectiva é que a estatal tenha dificuldades para manter os níveis de produção mais elevados. Isso porque a empresa espera retomar, a partir de setembro, as paradas para manutenção das plataformas. A companhia esperava, inicialmente, fazer grandes paradas no primeiro semestre, mas as restrições de embarque impostas pela pandemia fizeram a petroleira adiar os planos. A expectativa é que o pico de paradas ocorra no quarto trimestre.