Por Redação O Sul | 13 de setembro de 2015
A decisão sobre a abertura das investigações a respeito do ministro petista Aloizio Mercadante (Casa Civil) e do senador tucano Aloysio Nunes (SP) deve ser tomada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) na terça-feira. Responsável pelo caso na Corte, o ministro Celso de Mello já começou a avaliar o pedido de abertura de inquérito feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
A investigação, em sigilo de Justiça, foi autorizada pelo STF há uma semana. Mercadante e Nunes não serão investigados no âmbito da Operação Lava-Jato, e sim por suposta prática de caixa dois e fraude em documentos referentes a campanhas eleitorais.
Na terça-feira, foram divulgadas as primeiras informações oficiais sobre o processo. O ministro do STF Teori Zavascki, relator da Lava-Jato, recebeu então os pedidos da Corte e determinou a redistribuição dos casos de Mercadante e de Nunes.
Valores
Mercadante e Nunes, bem como o atual ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, tesoureiro da campanha para reeleição da presidenta Dilma Rousseff em 2014, foram citados na delação do empreiteiro Ricardo Pessoa.
O dono da contrutora UTC afirma ter doado 500 mil reais a Mercadante para a sua disputa ao governo de São Paulo, em 2010. Já para Nunes, o delator afirma ter destinado 300 mil reais de forma ilegal, no mesmo ano. Os três políticos negam o envolvimento em fraudes e prática de caixa dois. (Marcello Campos com agências)
