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Brasil Ex-prefeito do Rio de Janeiro vira réu na Justiça Eleitoral

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Apartamento de Eduardo Paes foi alvo de busca e apreensão.

Foto: Arquivo/Tomaz Silva/Agência Brasil
Delegado acusado de extorsão tentou montar um falso flagrante contra o prefeito do Rio de Janeiro às vésperas do segundo turno da eleição de 2020. (Foto: Arquivo/Tomaz Silva/Agência Brasil)

O ex-prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes virou réu, nesta terça-feira (8), na Justiça Eleitoral. Isso significa que ele vai a julgamento. Paes é acusado de corrupção, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. A denúncia do ministério público aponta que ele teria recebido dez milhões de reais da construtora Odebrecht, como caixa dois da campanha para a prefeitura do Rio, em 2012.

Nesta terça, o apartamento onde ele mora foi alvo de busca e apreensão. Candidato a voltar ao cargo nas eleições deste ano, o ex-prefeito disse que isso é uma clara tentativa de interferência do processo eleitoral. Eduardo Paes afirmou ainda que a defesa dele não teve acesso à denúncia e que vai se pronunciar assim que tiver detalhes do processo.

Ministério Público

O MP-RJ (Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro) cumpriu nesta terça-feira (8) mandados de busca e apreensão referentes a uma denúncia contra o ex-prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes e mais cinco acusados. Segundo o MP-RJ, a campanha do ex-prefeito à reeleição, em 2012, teria recebido R$ 10,8 milhões do Grupo Odebrecht que não foram contabilizados oficialmente.

Os mandados desta terça-feira foram cumpridos pelo Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção, com apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência do MP. O MP-RJ ofereceu a denúncia em auxílio à 204ª Promotoria Eleitoral, em 17 de julho, e a ação foi recebida pelo Juízo da 204ª Zona Eleitoral do Estado do Rio de Janeiro, que emitiu os mandados.

Os acusados responderão pelos crimes de falsidade ideológica eleitoral e corrupção nas modalidades passiva ou ativa. Paes e um dos operadores financeiros também responderão por lavagem de dinheiro.

Em nota, o ex-prefeito afirmou que está indignado. “A defesa sequer teve acesso aos termos da denúncia e assim que tiver detalhes do processo irá se pronunciar”, diz Paes.

Denúncia

A acusação afirma que o ex-prefeito recebeu os pagamentos entre 4 de junho e 19 de setembro de 2012. Os valores teriam sido pagos por Benedicto Barbosa Da Silva Junior e Leandro Andrade Azevedo, executivos do Grupo Odebrecht, que, segundo a denúncia, realizaram o repasse por meio de Renato Barbosa Rodrigues Pereira e de Eduardo Bandeira Villela, sócios da Prole Serviços de Propaganda. Os quatro também foram denunciados no processo.

Ainda de acordo com a denúncia, os executivos do Grupo Odebrecht narraram os fatos em acordos de colaboração premiadas firmados com a Procuradoria-Geral da República. Além deles, Renato Barbosa Rodrigues Pereira tem acordo de colaboração homologado pelo STF (Supremo Tribunal Federal). A denúncia da promotoria eleitoral é oriunda de um desmembramento do Inquérito nº 4435, instaurado em abril de 2017 perante o STF para apurar crimes supostamente praticados nas campanhas de 2010, 2012 e 2014.

O Ministério Público Eleitoral afirma ainda que o deputado federal Pedro Paulo (DEM-RJ), também denunciado, gerenciou o recebimento da vantagem indevida pela campanha de Paes. Na época, o parlamentar era chefe da Casa Civil na prefeitura e coordenador da campanha eleitoral.

O deputado federal se manifestou em suas redes sociais, onde publicou: “Não nos intimidarão. Ao ter acesso ao conteúdo da denúncia, farei a minha defesa no processo”.

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https://www.osul.com.br/ex-prefeito-do-rio-de-janeiro-vira-reu-na-justica-eleitoral/ Ex-prefeito do Rio de Janeiro vira réu na Justiça Eleitoral 2020-09-08
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