Quarta-feira, 26 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 6 de outubro de 2020
Em evento da igreja Assembleia de Deus na noite de segunda-feira (5) em São Paulo, o presidente Jair Bolsonaro prometeu indicar um pastor evangélico em julho do ano que vem para a vaga do ministro Marco Aurélio, no Supremo Tribunal Federal (STF).
Bolsonaro rebateu críticas que tem recebido, inclusive no segmento evangélico, por ter escolhido para a vaga do ministro Celso de Melo, o desembargador Kassio Nunes Marques, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1). A ala de apoiadores do presidente tida como ideológica é resistente ao nome de Kassio por acreditar que ele é ligado à esquerda e não é tão conservador quanto gostariam.
“Alguns um pouco precipitados achavam que devia ser a primeira vaga do STF. Será a segunda em julho do ano que vem. Mais que um terrivelmente evangélico, será um pastor. Imagine a sessão daquele Supremo começar com uma oração. Tenho certeza que isso não é mérito meu. É a mão de Deus”, afirmou Bolsonaro.
O aceno do presidente aos evangélicos foi feito durante o aniversário do pastor José Wellington, de 86 anos, que é líder da Assembleia de Deus Ministério do Belém, em São Paulo.
Bolsonaro foi ovacionado pelos fiéis e foi apresentado como um presidente que comunga com os valores da pauta evangélica. Ao discursar aos fiéis, o pastor José Wellington prometeu orar por Bolsonaro e por seu governo e o abençoou.
Sabatina
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado marcou para o dia 21 de outubro a sabatina do desembargador Kassio Nunes Marques, indicado para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). A votação no plenário está prevista para ocorrer no mesmo dia.
A data foi comunicada aos líderes partidários nessa terça-feira (6) e confirmada pela assessoria da presidência da CCJ. A reunião da comissão está prevista para as 8h.
Para assumir como ministro, Nunes Marques terá de ser aprovado primeiro na sabatina na CCJ. Depois, terá o seu nome submetido à votação no plenário principal do Senado, onde precisará do apoio da maioria absoluta (41 votos favoráveis) dos senadores.
A presidente da CCJ, Simone Tebet (MDB-MS), deverá designar nesta quinta-feira (8) o senador que ficará com a relatoria da indicação de Marques.
O desembargador tem 48 anos e desde 2011 atua no TRF-1. Marques foi escolhido pela então presidente Dilma Rousseff e ingressou na Corte na cota de vagas para profissionais oriundos da advocacia.
Natural de Teresina (PI), foi advogado por 15 anos, fez parte da Comissão Nacional de Direito Eleitoral e Reforma Política da Ordem dos Advogados do Brasil do Piauí e também foi juiz do Tribunal Regional Eleitoral do Estado.