Sexta-feira, 02 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 12 de outubro de 2020
Casados na vida real, a diretora Joana Jabace (de “Assédio” e “Segunda chamada”) e o ator Bruno Mazzeo viraram de cabeça para baixo o apartamento onde moram, no Jardim Botânico, para gravar “Diário de um confinado”, remotamente. Para transformar o próprio lar na casa do solteiro Murilo (vivido por Bruno), o protagonista da série que está com a segunda temporada disponível no Globoplay, a mudança mais significativa foi sumir com qualquer vestígio de criança. Os dois são pais dos gêmeos Francisco e José, de 3 anos. A dinâmica das gravações foi construída a partir da rotina deles. De manhã, após marcar as cenas e ensaiá-las, Joana se dedicava aos pequenos. Depois, aproveitava a soneca deles pós-almoço para gravar.
“Não ter linha divisória entre trabalho e vida em casa é complexo. Não existe a sensação de o set terminar, pegar a bolsa e ir embora”, diz Joana. “Montávamos e desmontávamos tudo, o Glauco (Firpo), fotógrafo, ficou morando aqui em casa e até botava as crianças para dormir. Viramos uma trupe meio Novos Baianos, foi uma lição de trabalho coletivo.”
Trabalhar em família também não foi fácil, ela diz. “Foi intenso. Eu e Bruno quebramos vários paus, brigamos muito mesmo algumas vezes. Ainda mais porque ele é o autor do texto e tem muito know-how de comédia, que não é o meu lugar de origem.”
Bruno confirma que a mistura completa de vida em conjunto, com filhos pequenos, e trabalho provocaram inevitáveis rusgas, mas também um respeito muito grande de um pelo outro e admiração mútua.
“Tudo já começava no café da manhã, a gente falava: ‘vamos aproveitar aquela luz que está boa‘. O trabalho foi muito bom para a nossa saúde mental. Nós dois vínhamos de projetos interrompidos [ele, da série ‘Fim‘, e ela, de ‘Segunda chamada‘] e Joana deu a ideia de filmarmos algo juntos. Dou muito crédito para ela de ‘Diário de um confinado‘ ter dado tão certo.”
O ator conta que, antes de ficarem juntos, já ouvia falar de Joana e morria de vontade de se dirigido por ela. “Fizemos a ‘Regra do jogo juntos‘, mas ela era diretora geral e eu… do núcleo cômico, ou seja, nem dava bola [risos]”, brinca Bruno. “Ela é direta e precisa nos comentários. É segura de suas convicções e se prepara, estuda muito. Chega no set com conhecimento do todo e se dedica ao ator. Consegue tirar o melhor que ele pode dar. Adorei ser dirigido por ela”, diz. As informações são do jornal O Globo.