Segunda-feira, 16 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 21 de janeiro de 2021
O presidente da Argentina, Alberto Fernández, foi vacinado contra a Covid-19 com uma dose da Sputnik V nesta quinta-feira (21). O uso da vacina para maiores de 60 anos foi aprovado pela agência de medicamentos do país (conhecida pela sigla Anmat) na quarta-feira (20).
O argentino foi o primeiro presidente na América do Sul a tomar publicamente a primeira dose de uma vacina contra a Covid-19. “Hoje recebi a vacina Sputnik V. Agradeço ao Instituto Gamaleya pelo seu trabalho científico, àqueles que trabalharam para que ela chegasse a nós e a todo o pessoal de saúde de nosso país pelo enorme empenho. A vacinação serve para nos imunizar contra o coronavírus. Vamos fazer isso”, afirmou Fernández em sua conta no Twitter.
Assim que saiu a aprovação, Fernández disse que iria ser vacinado. “As pessoas levantam muitas dúvidas sobre a qualidade científica da Rússia, mas o instituto que desenvolveu a vacina é um instituto que tem vários prêmios Nobel na sua equipe de pesquisadores”, afirmou ele em entrevista coletiva de 10 de dezembro.
O ministro da Saúde, Daniel Gollán, foi o primeiro idoso que recebeu a dose. De acordo com a Anmat, a vacina tem uma eficácia de 91,8% entre as pessoas com mais de 60 anos. Depois de 28 dias da injeção, 98,1% dos voluntários apresentaram anticorpos.
No último fim de semana chegou uma carga de 300 mil doses da Sputnik V à Argentina. Essa é a principal aposta do país para controlar a pandemia de Covid-19. Os argentinos esperam outras 5 milhões de doses em fevereiro, e 14,7 milhões nos meses posteriores.
Anvisa
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) se reuniu nesta quinta-feira (21) com representantes da União Química, laboratório brasileiro que participa do consórcio envolvido na produção da vacina Sputinik V, desenvolvida pelo Instituto Gamaleya, da Rússia.
De acordo com a Agência, o grupo à frente da vacina russa ainda não entrou com o pedido de autorização emergencial. As organizações participantes do consórcio já divulgaram a intenção de entrar com a solicitação.
Mas, acrescenta a nota da Anvisa, o laboratório demonstrou interesse em apresentar a solicitação, o que colocaria a possibilidade real de uma terceira vacina ser oferecida no país. Atualmente a Anvisa já forneceu a autorização para uso emergencial para as vacinas da Astrazeneca/Oxford/Fiocruz e do Instituto Butantan/Sinovac.
A Anvisa informou que a União Química também não apresentou novos documentos. No domingo (17), a agência havia recusado o envio de material do consórcio apontando a insuficiência do cumprimento de requisitos.
O Fundo de Investimento Direto Russo, integrantes do consórcio da Sputinik V, emitiu nota na segunda-feira (18) rebatendo as informações de que teria havido uma recusa e afirmando que se tratou apenas da solicitação de informações adicionais.
Uma nova reunião deverá ser marcada entre a Anvisa e os representantes da vacina russa para avançar na discussão sobre o pedido de autorização para uso em caráter emergencial no Brasil. Mas a agência não adiantou data. As informações são do portal de notícias G1 e da Agência Brasil.