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Cinema Globo de Ouro decepciona por ausência de negros no júri e cerimônia sem brilho

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Premiação em 2023 ocorreu em uma terça-feira para evitar conflitos com o futebol americano aos domingos. (Foto: Reprodução)

É difícil fazer piada quando se está em crise. Fortemente criticada por não ter jurados negros entre os 87 que decidem os vencedores do Globo de Ouro, a Associação da Imprensa Estrangeira em Hollywood (HFPA) abriu a temporada de premiações com uma festa sem graça.

E não dá para culpar apenas as limitações impostas pela pandemia de covid-19. O Emmy de 2020 provou que é possível até se reinventar a partir dos obstáculos, tendo feito uma festa virtual leve, dinâmica, com os indicados e convidados embarcando na brincadeira. Mas o Globo de Ouro foi o contrário.

Era fácil notar os sorrisos amarelos de apresentadores e vencedores por conta da situação. Mesmo Jane Fonda, homenageada da noite pelo conjunto da obra, focou seu discurso no tópico. “Vamos todos, incluindo os grupos que decidem quem é contratado, o que é feito ou quem ganha prêmios, vamos todos nos esforçar para expandir essa tenda para que todos se levantem e a história de todos tenha a chance de ser vista e ouvida.”

Mas não foi como em outras premiações do passado, como quando o Oscar enfrentou a campanha #OscarsSoWhite, em 2016, gerando discursos empoderados, que ecoaram pela internet e inspiraram muitas pessoas a entender o tamanho do problema. Cinco anos depois, o fato de uma festa grande como o Globo de Ouro não ter se adaptado à realidade gerou um claro desânimo entre muitos envolvidos.

Talvez não tenha ajudado que os próprios artistas negros indicados tenham se visto em meio a essa saia justa. Alguns foram premiados, como Andra Day (melhor atriz em filme de drama por “The United States vs Billie Holiday”), Daniel Kaluuya (ator coadjuvante em filmes por “Judas e o messias negro”) e John Boyega (ator coadjuvante em séries por “Small axe”). Viola Davis, indicada por “A voz suprema do blues”, fez críticas nos últimos dias, assim como Shonda Rhimes, Kerry Washington, Justin Timberlake e Amy Schumer.

“Espero que ano que vem essa premiação reflita a diversidade do mundo, porque assim iremos mais longe”, disse Dan Levy quando sua “Schitt’s Creek” venceu como melhor série de comédia ou musical.

Amy Poehler e Tina Fey chegaram a citar a polêmica da HFPA, mas tiveram atuação discreta, atrapalhadas pelo roteiro confuso da premiação. Quando fizeram piadas, miraram em alvos fáceis ou já cancelados pela internet: Sia por sua estreia como diretora no polêmico “Music”, James Corden pela atuação em “A festa de formatura” e a falta de profundidade de “Emily in Paris”.

Até mesmo números que poderiam ser vistos como cômicos, como aquele em que indicados tiravam dúvidas sobre a pandemia com médicos, soaram como bobos numa noite agridoce. De marcante, apenas alguns discursos, como o de Fonda e o da viúva de Chadwick Boseman, Taylor Simone Ledward.

O fato é que, apesar de ter tentado abordar o escândalo de forma leve e decidida, o Globo de Ouro não soube lidar no tom certo com o elefante na sala. E acaba, como consequência, deixando uma marca negativa nas premiações que precisam se adaptar à pandemia, um retrocesso em relação aos acertos do Emmy.

A ver como a grande festa do cinema, o Oscar, vai lidar com esse desafio, caso precise adotar o formato híbrido.

Prêmios diluídos e algumas zebras

Com os prêmios bem divididos, nenhum filme fez a limpa na noite. “Nomadland” levou a categoria principal em drama e o prêmio de direção. Em um dos momentos mais surpreendentes, Andra Day desbancou Viola Davis e Frances McDormand na categoria de melhor atriz de drama. O prêmio de melhor ator foi dado à Chadwick Boseman, por sua performance em “A voz suprema do blues”. O líder em indicações, “Mank”, saiu com zero vitórias.

“Borat: fita de cinema seguinte” foi o grande destaque das categorias cômicas, levando melhor filme de comédia e premiando Sacha Baron Cohen, seu protagonista. A surpresa ficou por conta de Rosamund Pike, que levou o prêmio de melhor atriz em comédia por “Eu me importo”, da Netflix.

Já nas categorias de televisão, “The Crown” foi a líder, ganhando 4 estatuetas das principais categorias em drama. Nas comédias, “Schitt’s Creek” foi a favorita, com dois prêmios. Em minissérie, o destaque ficou com “O Gambito da Rainha”.

A Associação da Imprensa Estrangeira em Hollywood (HFPA) não pôde promover seu tradicional tapete vermelho, devido à pandemia de covid-19. Para evitar aglomerações, a chegada dos indicados e convidados foi realizada de maneira virtual, já que eles acompanharam a premiação de suas casas.

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https://www.osul.com.br/globo-de-ouro-decepciona-por-ausencia-de-negros-no-juri-e-cerimonia-sem-brilho/ Globo de Ouro decepciona por ausência de negros no júri e cerimônia sem brilho 2021-03-02
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