Segunda-feira, 10 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 30 de setembro de 2015
A presidenta Dilma Rousseff demitiu, por telefone, nessa terça-feira, o ministro da Saúde, Arthur Chioro. Em uma conversa fria, ela afirmou ao petista que ele fica no cargo até quinta-feira, data em que deverá ser anunciada a nova configuração da Esplanada dos Ministérios. A ligação da mandatária para Chioro não teria durado mais do que dois minutos.
Segundo relatos, Dilma ficou irritada com declarações recentes do ministro à imprensa e com a suspeita de que ele estaria trabalhando para se manter no cargo junto a médicos e profissionais do ramo da saúde.
“Rifado”
Na semana passada, o ministro já havia reunido sua equipe de secretários para falar de sua saída do cargo.
O encontro foi realizado no mesmo dia em que o Palácio do Planalto informou ao ministro que seu posto seria oferecido ao PMDB na reforma administrativa. Chioro chegou a se queixar que se sentia “rifado” pelo governo federal.
Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, na segunda-feira, Chioro afirmou que, qualquer pessoa que ficar à frente da pasta enfrentará, no próximo ano, uma situação difícil caso a proposta de Orçamento seja aprovada no Congresso da maneira que foi enviada. Segundo ele, os recursos reservados para a área de média e alta complexidade pagam as despesas somente até setembro. O cargo de Chioro deverá ser ocupado por um integrante do PMDB. A mudança é um arranjo para o governo obter maior apoio no Congresso.
Os nomes mais cotados para assumir o Ministério da Saúde são os dos deputados federais Marcelo Castro (PMDB-PI), e Manoel Júnior (PMDB-PB), ambos médicos. (Folhapress)