Segunda-feira, 29 de abril de 2024

Porto Alegre
Porto Alegre, BR
20°
Thunder

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Saúde Ministério da Saúde retira do ar documento que orientava médicos sobre uso da cloroquina

Compartilhe esta notícia:

Ministério confirmou que retirou a nota do ar, mas afirmou que isso ocorreu porque o documento está passando por uma atualização. (Foto: EBC)

Em meio aos questionamentos na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid no Senado sobre o uso da cloroquina, o Ministério da Saúde tirou do ar um documento que servia como base de orientação para a prescrição do medicamento que não teve eficácia contra a covid-19 comprovada cientificamente.

A Nota Informativa nº 17 foi publicada pelo governo federal em julho do ano passado e regulamentava o uso de medicamentos para tratamento precoce de pacientes com diagnóstico de covid-19. A informação foi revelada pela revista Piauí e confirmada pelo jornal O Globo.

O documento instituiu regras para que médicos em todo o país pudessem prescrever a cloroquina ou a hidroxicloroquina para seus pacientes, estabelecendo as doses autorizadas e em que período da doença. A nota informativa estabelecia que cabia ao médico decidir se receitaria ou não cloroquina e também exigia que o paciente assinasse um documento concordando com o tratamento.

Inicialmente, o Ministério da Saúde impossibilitou o acesso ao documento em seu site: até o dia 5 de maio, quando o usuário clicava no link para abrir a nota informativa, era redirecionado para a página inicial do site. Na sexta-feira, a página com as informações de “Manejo clínico e tratamento” no site do Ministério da Saúde saiu completamente do ar. O site indica que a última atualização ocorreu às 19h57min de sexta-feira.

Em nota, a pasta confirmou que retirou a nota do ar, mas afirmou que isso ocorreu porque o documento está passando por uma atualização. “O Ministério da Saúde informa que a nota informativa nº 17/2020-SE/GAB/SE/MS foi retirada do ar para atualização. O documento está em fase final de elaboração e, em seguida, será enviado à Comissão de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) para deliberação”, afirmou o Ministério da Saúde.

Tratamento precoce

Criticado durante a primeira semana de depoimentos da CPI da Covid, o dito “tratamento precoce” foi defendido pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em uma sequência de publicações nas redes sociais na noite de sexta-feira (7).

“Resposta aos inquisidores da CPI sobre o tratamento precoce: uns médicos receitam Cloroquina; outros Ivermectina; e o terceiro grupo (o do Mandetta), manda o infectado ir para casa e só procurar um hospital quando sentir falta de ar (para ser entubado)”, escreveu Bolsonaro.

“Portanto, você é livre para escolher, com o seu médico, qual a melhor maneira de se tratar. Escolha e, por favor, não encha o saco de quem optou por uma linha diferente da sua, ok?”, disse.

Na primeira semana de oitivas, a CPI ouviu os ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich e o atual ocupante da pasta, Marcelo Queiroga. Questionados, os três disseram que não há eficácia comprovada para o uso da hidroxicloroquina, com apenas o atual ministro dizendo existirem estudos com sinalização positiva para a indicação do medicamento a pacientes com a covid-19.

Nelson Teich disse na quarta-feira (5) em depoimento à CPI da Covid que deixou o governo por ter percebido que não teria autonomia para conduzir a pasta. Ele afirmou que não sabia da produção de cloroquina pelo Exército e que sua orientação sempre foi contrária ao uso desse e de outros medicamentos sem comprovação científica no enfrentamento da crise sanitária.

Segundo Teich, que ficou menos de um mês no cargo, “existia um entendimento diferente pelo presidente” Jair Bolsonaro, fato que motivou sua saída do comando da pasta. “Esse era o problema pontual, mas isso refletia falta de autonomia”, disse Teich. As informações são do jornal O Globo, da CNN Brasil e da Agência Senado.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Saúde

Anvisa diz que documentos enviados por Estados sobre a vacina Sputnik são insuficientes
Saiba por que cânceres gástricos se transformam em metástase
https://www.osul.com.br/ministerio-da-saude-retira-do-ar-documento-que-orientava-medicos-sobre-uso-da-cloroquina/ Ministério da Saúde retira do ar documento que orientava médicos sobre uso da cloroquina 2021-05-08
Deixe seu comentário
Pode te interessar