Domingo, 18 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 9 de maio de 2021
Betty Faria fez 80 anos no sábado (8). A atriz, símbolo sexual dos anos 70 e 80, protagonista de dois ensaios nus, e intérprete de personagens inesquecíveis como a Lucinha de Pecado Capital (1975), a Joana de Baila Comigo (1981), a Glória de Anos Dourados (1986), Tieta (1989) e tantos outros, chega a nova idade repleta de planos e sonhos.
Filha única de um militar com uma dona de casa, Betty é mãe da atriz Alexandra Marzo, do casamento com o ator Claudio Marzo e de João de Faria Daniel, da união com o diretor Daniel Filho. Solteira, segue solitária, sem sofrer solidão. A atriz acostumou a viver desse jeito e durante muitos anos reconhece que, por causa disso, desenvolveu a síndrome do ‘barrado no baile’.
“Tenho talento para ser solteira. Cresci num núcleo familiar muito pequeno com pai, mãe e avó. Me habituei a ser só. Na adolescência batalhava por amigos fora de casa tentando ser aceita nos núcleos. Com isso desenvolvi a síndrome do barrado no baile. O lado bom disso é que me habituei a solidão e sou independente. Em qualquer lugar posso ficar sozinha, pois sempre tenho um jeito para sobreviver bem.”
Betty não sabe o que é ociosidade. As horas são preenchidas com estudo de línguas, filmes, cursos… Apenas os exercícios físicos, que sempre a acompanharam ao longo da vida, como a dança, foram deixados um pouquinho de lado nessa pandemia.
“Preenchi meu tempo de maneira tal que estou ocupadíssima! Só tenho vontade de caminhar na areia molhada da praia, pois praticar exercícios online me faz perder o prazer e tenho preguiça.”
E o que deixa Betty Faria feliz é exatamente não parar. Seu último trabalho na novela A Dona do Pedaço, como Cornélia, é prova que a atriz ocupa um posto privilegiado na carreira, requisitada sempre para atuar.
“Faço todos os personagens e participações que me oferecem, independentemente do tamanho do papel. Se eu gostar, eu faço. Adoro trabalhar e fico feliz mesmo, viu! Deixar de atuar nos deixa fora de forma.”
Para chegar até aqui plena de saúde e energia, Betty conta que deixou o fumo de lado e ao analisar sua trajetória, reconhece que os arrependimentos existem, mas que o saldo é de mais acertos do que erros.
“O cuidado principal que tenho é que nunca mais fumei cigarro. Difícil acreditar que cheguei até aqui. Sempre fui um pouco sem noção dessa coisa de idade, pois apesar de tantas vivências e experiências, me sinto cheia de sonhos, planos e desejos. A minha alma quer rock’n roll!”
“Me arrependo de muitas coisas, muitas! Foram muitos acertos, erros… Mas se chorei ou se sofri, o importante é que emoções eu vivi!”