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Saúde Novo coração artificial não pede manutenção

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O dispositivo está sendo produzida pela empresa Carmat. (Foto: Reprodução/Carmat)

Um coração artificial ainda em testes poderia conferir mais independência a pacientes com casos graves de insuficiência cardíaca e que necessitam de um transplante. Como não requer ajustes constantes, o aparelho promete ajudar pessoas que estão na fila à espera do órgão e não têm tempo a perder. O CARMAT-Total Artificial Heart (C-TAH), como foi batizado, pode ser implantado no paciente até que um doador seja encontrado.

O formato do equipamento é semelhante ao coração humano, pesa 4kg e é alimentado por duas baterias recarregáveis. Segundo informações da Agência Einstein, a novidade do dispositivo é um sensor de pressão embutido, capaz de medir o fluxo sanguíneo com precisão e, a partir daí, fazer os ajustes necessários automaticamente. Isso, claro, a partir de parâmetros previamente definidos pelo médico. O coração artificial em experimentação reproduz as respostas fisiológicas normais, sobretudo durante as atividades físicas.

Ivan Netuka, do Instituto de Medicina Clínica e Experimental de Praga, na República Tcheca, foi um dos autores da pesquisa, publicada no periódico científico da Sociedade Americana de Órgãos Internos Artificiais. Ele e seus colegas acompanharam, por dois anos, dez pacientes logo após o implante do coração artificial.

“O C-TAH efetivamente produziu respostas adequadas que refletem as mudanças nas necessidades diárias dos pacientes. Portanto, ele forneceria uma terapia de substituição cardíaca quase fisiológica”, explica Netuka.

À CNN Business, Stéphane Piat, presidente da empresa francesa Carmat, que desenvolve o aparelho, disse que C-TAH “funciona como um coração humano”. Segundo ela, se o paciente estiver caminhando, o fluxo sanguíneo aumenta. Já se a pessoa estiver em repouso, o fluxo baixa e se estabiliza.

Piat explicou ainda que as partes em contato com o sangue do paciente “são feitas de material compatível com o corpo humano, para reduzir o risco de reações adversas.

“Uma vez implantado, o dispositivo não requer manutenção”, completa Piat.

As equipes que acompanharam os pacientes observaram uma necessidade reduzida de modificar as configurações do aparelho. A maioria delas ocorreu nos primeiros 30 dias depois da instalação.

Entre os pacientes analisados, alguns o utilizaram como um dispositivo permanente. Outros recorreram a ele de maneira temporária, enquanto aguardavam um transplante de coração. Todos eram homens e com idade média de 60 anos.

Uma descoberta importante

A princípio, essa opção seria reservada para pacientes com insuficiência cardíaca biventricular, e em estágio terminal. Mas esse é o primeiro estudo clínico com o C-TAH, e possui um número pequeno de voluntários, entre outras limitações. Mais experimentos serão necessários para confirmar os resultados e mensurar os benefícios reais na saúde e no cotidiano dos participantes. A segurança também precisa ser mensurada em pesquisas mais robustas.

Ainda assim, os cientistas do Instituto de Medicina Clínica e Experimental de Praga acreditam que essa primeira investigação representa um salto significativo em direção ao próximo estágio de corações artificiais, que forneceriam maior autonomia e bem-estar.

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