Sexta-feira, 21 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 9 de outubro de 2015
O americano Charles Warner, 47 anos, condenado por estupro e assassinato, foi executado em 15 de janeiro no Estado de Oklahoma, nos Estados Unidos, com substâncias não previstas na fórmula de injeção letal e que lhe provocaram 18 minutos de intenso sofrimento – revelam documentos do caso divulgados nesta semana.
Corpo queimando.
Segundo o relatório da necropsia, Warner recebeu uma injeção letal composta por acetato de potássio, em vez de cloreto de potássio, previsto na fórmula prevista pela legislação em vigor. “Meu corpo está queimando!”, foram as últimas palavras de Warner.
De acordo com um estudo da entidade PLOS (Public Library of Science ), certos derivados do potássio dão a sensação de queimadura. A revelação do erro na composição da injeção vem à tona poucos dias depois de os serviços penitenciários de Oklahoma serem confrontados publicamente.
A execução de outro condenado à morte, Richard Glossip, foi suspensa “in extremis” em 30 de setembro exatamente pelas crescentes dúvidas sobre o uso do acetato de potássio.
Autoridades de Oklahoma sob suspeita.
Depois desse caso, a Corte Penal de Oklahoma decidiu suspender indefinidamente três execuções previstas para este ano, até que o assunto seja resolvido. Os defensores de Glossip esperam conseguir obter uma vitória na Justiça. “Não podemos confiar nas autoridades de Oklahoma”, afirmou Dale Baich, um dos advogados.
Em 2014, a execução de um condenado no Estado se tornou uma verdadeiro filme de terror por causa dos erros com a composição da injeção letal. O homem morreu depois de agonizar por mais de 40 minutos diante do olhar horrorizado das testemunhas. (AG)