Domingo, 25 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 29 de outubro de 2021
O ex-procurador-geral da República Geraldo Brindeiro morreu nesta sexta-feira (29) vítima de complicações da covid-19, segundo a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR). Ele comandou o Ministério Público Federal nos governos de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), de 1995 a 2003, quando ficou conhecido como ‘engavetador-geral’. Aos 73 anos, ainda trabalhava como subprocurador, o mais antigo em exercício.
O presidente da ANPR, Ubiratan Cazetta, prestou solidariedade aos amigos e familiares de Brindeiro. “Colega de trato gentil e bastante leal, Geraldo Brindeiro foi, dentre outras coisas, responsável pela construção da sede atual da PGR, além de ter promovido diversos concursos de ingresso na carreira, ampliando em muito o MPF”, escreveu nas redes sociais.
O atual procurador-geral da República, Augusto Aras, decretou luto oficial de três dias na instituição. “Perdemos um valoroso colega, um homem que devotou a vida ao Ministério Público. Geraldo Brindeiro foi um incansável defensor da independência funcional, a própria e a dos colegas”, afirmou Aras.
O ministro Luiz Fux, presidente do Supremo Tribunal Federal, disse que Brindeiro ‘honrou’ o Ministério Público. “Com sua partida, o Brasil perde um dedicado servidor público, um cidadão respeitável e um defensor da Constituição brasileira”, disse.
O presidente da Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp), Manoel Murrieta, disse que toda a sociedade perde com a morte de Brindeiro.
Pernambucano e formado em Direito, Brindeiro iniciou a carreira no Ministério Público Federal em fevereiro de 1975. Antes disso, foi assessor jurídico do tio, o ministro Djaci Falcão, no Supremo Tribunal Federal, professor na Faculdade de Direito do Distrito Federal e atuou também no Tribunal de Contas da União e Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).