Quarta-feira, 14 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 3 de dezembro de 2021
A BioNTech deve ser capaz de adaptar sua vacina contra o coronavírus de forma relativamente rápida em resposta à variante Ômicron, e as próximas semanas mostrarão com que urgência uma atualização é necessária, disse o CEO da empresa alemã, Ugur Sahin, na conferência on-line Reuters Next nesta sexta-feira (3).
Sahin disse que as pessoas devem continuar buscando o imunizante da BioNTech, desenvolvido em parceria com a Pfizer, pois são altas as probabilidades de continuar protegendo contra os sintomas graves da doença.
“Em um determinado momento, precisaremos de uma nova vacina contra essa nova variante. A questão é quão urgente ela precisa estar disponível”, disse Sahin.
Ele reiterou que o relançamento do produto pode ser alcançado em cerca de 100 dias e disse que uma reformulação já está em andamento. Mas se for confirmado que a vacina continua protegendo contra as formas graves da doença, isso daria tempo aos desenvolvedores para uma abordagem mais comedida, disse Sahin.
Segundo o CEO, se dose de reforço se mostrar eficaz em 85% a 90% dos caos, “teríamos mais tempo para adaptar uma nova vacina”.
A BioNTech e a Pfizer juntas produziram uma das primeiras vacinas contra covid-19, com bem mais de 2 bilhões de doses já administradas para proteger as pessoas em todo o mundo. Há preocupações, no entanto, de que as vacinas possam não funcionar tão bem contra a variante Ômicron que surgiu no mês passado.
Para Sahin, é possível que a nova variante infecte pessoas vacinadas, mas provavelmente não necessitará de cuidados hospitalares.
“Esperamos que essa nova variante evolua como uma variante de escape de anticorpo. Isso significa que essa variante pode ser capaz de infectar vacinados, [mas] prevemos que as pessoas infectadas que foram vacinadas ainda estarão protegidas contra os sintomas graves”, acrescentou.
Sahin também disse que as mutações no vírus significam que é mais provável que as vacinações anuais sejam a norma, como é o caso da gripe sazonal.
Ainda há poucas informações sobre a Ômicron, que foi detectada pela primeira vez na África do Sul em novembro e já se espalhou por quase 30 países, incluindo o Brasil, onde cinco casos já foram confirmados. As informações são da agência de notícias Reuters.