Quarta-feira, 05 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 21 de dezembro de 2021
O general Serge Gelle, ministro da República de Madagascar (uma grande ilha localizada costa sudeste da África, próximo à Moçambique) é um dos dois sobreviventes da queda do helicóptero em que viajava no Oceano Índico. Para retornar ao litoral de seu país, ele precisou nadar por quase 12 horas, informaram autoridades locais.
Gelle tem 57 anos e ocupa o cargo de secretário nacional de Polícia, cargo de primeiro escalão no governo. Ele um colega do órgão conseguiram, separadamente, chegar a terra-firme na cidade de Mahambo, na manhã desta terça-feira (21).
Em entrevista à imprensa, o chefe da autoridade portuária, Jean Edmond Randrian, compartilhou o relato dos sobreviventes de que elas saltaram da aeronave.
Ao longo do dia, prosseguiam as buscas por outros dois ocupantes da queda do helicóptero, ocorrido na véspera. As causas do acidente ainda não haviam sido confirmas, indicaram autoridades federais.
O país ocupa a maior ilha da África e a quarta de maior dimensão no planeta, com 587 mil metros-quadrados. Um censo realizado neste ano aponta que a sua população é de aproximadamente 28 milhões de pessoas. Além da ilha de Madagascar, a república melgaxe (como também é conhecida) compreende um numeroso conjunto de arquipélagos periféricos de menores dimensões.
Sem lesões
Em um vídeo postado nas redes sociais, Serge Gelle aparece com aspecto de exaustão, deitado em uma espreguiçadeira e ainda vestindo um uniforme militar com estampa camuflada.
“A hora de morrer ainda não chegou para mim”, declarou o ministro. Ele acrescentou que sentiu muito frio devido à hipotermia na água marinha, mas disse que não havia sofrido lesões.
Gella tornou-se ministro em agosto passado, no quadro de uma remodelação do gabinete. Antes, ele prestou três décadas de serviço à Polícia Federal de Madascar.
Naufrágio
O helicóptero transportava a delegação de governo junto com outras autoridades, em uma missão destinada a inspecionar o local onde havia ocorrido um naufrágio na segunda-feira.
Nesse primeiro desastre, ao menos 21 pessoas morreram e outras 60 foram declaradas desaparecidas, de acordo com o mais recente balanço oficial, atualizado desta terça-feira.
Zafisambatra Ravoavy, outro general da polícia, detalhou às agências internacionais de notícias que Gelle usou um dos assentos do helicóptero como boia:
“Ele sempre mostrou muita resistência, no esporte, e a manteve mesmo como ministro, como se tivesse 30 anos”, disse Ravoavy. “Ele tem nervos de aço”, ressaltou, sem poupar elogios à façanha do colega.