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Política Olavo de Carvalho defendia que a esquerda coordenava uma conspiração para implementar “marxismo cultural”, “gayzismo” e “abortismo”

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Olavo de Carvalho tinha a admiração do presidente Bolsonaro e de seus filhos. (Foto: Reprodução)

O escritor Olavo de Carvalho, uma das principais referências ideológicas do neoconservadorismo brasileiro, protagonizou uma série de episódios polêmicos nos anos em que desfrutou de projeção na internet, sobretudo a partir da campanha eleitoral do presidente Jair Bolsonaro, em 2018. Em suas publicações, o autoproclamado “filósofo”, morto na segunda-feira (24) aos 74 anos, tentava dar ares intelectuais a teorias da conspiração, proferia xingamentos e palavrões e fazia críticas ferrenhas ao que chamava “marxismo cultural”.

Partiram de Olavo diversas ideias que foram posteriormente encabeçadas pelo bolsonarismo, como a alegação de que o fascismo seria uma “variante do socialismo” e a preocupação com o ensino da “ideologia de gênero” nas escolas. O ideólogo criticava frequentemente o “gayzismo” e o “abortismo”, pautas que, segundo ele, fariam parte de uma revolução coordenada por esquerdistas.

Condenava, também, o que classificava como um “aparelhamento cultural” promovido pela esquerda marxista, que ele acreditava liderar uma conspiração mundial para destruir valores cívicos, como a “moral sexual”.

Em outubro de 2018, às vésperas do segundo turno da eleição presidencial, Olavo foi às redes acusar o então candidato Fernando Haddad (PT) de promover o incesto em um livro publicado em 1998.

Segundo o “guru” bolsonarista, o postulante do Partido dos Trabalhadores teria defendido que o “tabu do incesto” deveria ser derrubado para a implementação do socialismo. “O homem quer que os meninos comam suas mães”, escreveu Olavo na publicação, que depois foi apagada. O Estadão Verifica, serviço de verificação de informações do jornal O Estado de S. Paulo, publicou uma checagem da afirmação, que é falsa.

Olavo morava em Virgínia, nos Estados Unidos, desde 2005. Lá, era um opositor ferrenho ao ex-presidente americano Barack Obama. Em publicação de 2016, o escritor classificou o então mandatário como “um agente russo plantado” na política estadunidense, “comprometido com a causa esquerdista internacional”. Olavo descrevia Obama como “psicopata e falsário”, e chegou a compartilhar um documento falso que atribuía ao ex-presidente nacionalidade queniana, o que tornaria ilegal seu mandato nos Estados Unidos.

Em 2019, o “guru” do clã Bolsonaro ganhou nova atenção nas redes por flertar com o terraplanismo, teoria da conspiração que defende que o planeta Terra, em vez de esférico, é plano. Olavo publicou em seu perfil no Twitter que não havia encontrado nada que refutasse a ideia. “Não estudei o assunto da terra plana. Só assisti a uns vídeos de experimentos que mostram a planicidade das superfícies aquáticas, e não consegui encontrar, até agora, nada que os refute”, escreveu.

Outra polêmica protagonizada pelo escritor foi quando ele disse que as músicas dos Beatles, na verdade, foram compostas não pela dupla Lennon-McCartney, mas pelo acadêmico alemão Theodor Adorno, expoente da Escola de Frankfurt. Ele também acusou a banda de promover ideais satanistas e celebrar o consumo de drogas ilícitas.

Mais de uma vez, as declarações do escritor tiveram consequências tratadas na Justiça. Em 2021, Olavo foi condenado a indenizar o cantor Caetano Veloso em R$ 2,9 milhões após chamá-lo de pedófilo. Na ocasião, ele alegou não ter condições de realizar o pagamento e motivou uma “vaquinha” liderada pelo empresário bolsonarista Luciano Hang, das Lojas Havan. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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