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Geral Moradores de área com risco se recusam a deixar casas em Petrópolis, no Rio de Janeiro

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Pedra que ameaça rolar ameaça os moradores do bairro Alto da Serra. (Foto: Reprodução)

Alguns moradores da região da Rua Teresa, área tradicional de comércio de Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, que foi fortemente atingida pelo temporal que destruiu parte da cidade na última terça-feira (15), se recusam a sair de suas casas, mesmo tendo sido informados pelos bombeiros que trabalham na contenção da área e na busca por corpos.

De acordo com os agentes do Corpo de Bombeiros, os moradores que se recusam a sair de áreas condenadas são instruídos a assinar um termo de que foram informados pelas autoridades sobre o risco da região que, segundo eles, ainda possui risco de deslizamento em alguns pontos.

Os bombeiros passaram a madrugada trabalhando na retirada de terra da área onde ficava uma academia e uma agência bancária que foram atingidas. Segundo eles, o solo segue molhado.

Uma grande pedra ameaça parte das casas do bairro Alto da Serra.

Em outra região, agentes da Defesa Civil insistiam com um idoso de 80 anos para que ele saísse de uma casa com o entorno completamente destruído. Eles conversam e tentam convencê-lo a deixar o local. Ele chegou a sair de casa, mas voltou após o tempo melhorar.

Carros retorcidos, entulho e objetos deixados pelo caminho podiam ser vistos pela área.

O secretário de Defesa Civil e comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Leandro Monteiro, destacou que o processo de convencimento é uma das tarefas mais difíceis dos profissionais.

“A nossa maior dificuldade é conscientizar o morador a abandonar as suas casas e ir para um abrigo. A Prefeitura de Petrópolis montou vários abrigos e eu peço que quem estiver morando em áreas de risco se desloque para lá. Esta madrugada eu tive uma reunião com o secretário de Obras e Infraestrutura e ele já está identificando as pedras”, afirmou o secretário.

As sirenes tocaram no fim da madrugada no Morro da Oficina, lugar mais afetado de Petrópolis. Uma mensagem dizia para os moradores se encaminharem para um local seguro. Outras sirenes também tocaram em outras áreas.

Um dos locais mais afetados foi a Chácara Flora, região localizada a 5 km do Centro do município. As imagens da comunidade nesta sexta-feira (18) ainda causavam pânico. Casas destruídas, escombros, pessoas desesperadas em busca de parentes e amigos. Esse foi o resultado de alguns deslizamentos de terra.

Moradora do bairro, Sara conseguiu escapar viva da tragédia. Ela e a filha de 10 anos tiveram sorte. Mas Sara perdeu seus outros dois filhos no temporal. E a gora ela só quer achar os meninos para poder fazer um enterro digno.

“Eu não sou melhor que ninguém. Eu só queria pegar meus filhos ali e fazer um enterro. Só isso. Mais nada”, disse Sara ao andar por escombros.

“Eu não saio daqui enquanto não achar meus filhos. Enquanto eu não achar, não saio daqui”, afirmou.

De acordo com os bombeiros que trabalhavam na Chácara Flora nesta sexta, muitas pessoas estão desaparecidas por lá. Moradores, voluntários e agentes do estado seguiam retirando entulho do local onde o morro desabou. As informações são do portal de notícias G1.

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