Terça-feira, 21 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 22 de março de 2022
O índice de aprovação do presidente norte-americano Joe Biden caiu para 40% esta semana, seu nível mais baixo, e um sinal de alerta claro para o Partido Democrata, que buscará manter o controle do Congresso na eleição de 8 de novembro, mostrou uma pesquisa Reuters/Ipsos.
A pesquisa nacional mostrou que 54% dos norte-americanos desaprovam o trabalho de Biden, com o país sofrendo com alta inflação e com a invasão da Rússia à Ucrânia levando questões geopolíticas ao primeiro plano.
A aprovação de Biden, com queda de 3 pontos percentuais em relação à semana anterior, é igual à de seu predecessor, o republicano Donald Trump, nesta mesma altura do mandato porque ambos tiveram 40% em meados de março em seu segundo ano no poder. A aprovação de Trump chegou a cair para 33% em dezembro de 2017.
Os entrevistados citaram a economia como principal preocupação, com guerra e conflitos estrangeiros em seguida.
A popularidade de Biden começou a cair em meados de agosto, quando as mortes por covid cresceram e os militares dos EUA enfrentaram uma caótica retirada do Afeganistão.
Os norte-americanos permanecem polarizados sob sua Presidência. Enquanto 77% dos autoidentificados como democratas disseram que aprovavam seu desempenho no trabalho, apenas 10% dos republicanos e 27% dos independentes lhe deram uma avaliação positiva.
Os democratas possuem maiorias mínimas na Câmara e no Senado. A perda de qualquer uma delas pode paralisar a agenda legislativa de Biden.
A pesquisa Reuters/Ipsos é realizada online em inglês em todos os Estados Unidos. A pesquisa mais recente reuniu respostas de um total de 1.005 adultos, incluindo 432 democratas e 366 republicanos. Tem um intervalo de credibilidade – uma medida de precisão – de 4 pontos percentuais.
Capitólio
O fundador do grupo “Cowboys com Trump” foi condenado nesta terça (22) por entrar ilegalmente em uma área restrita no terreno do Capitólio em 6 de janeiro de 2021, quando apoiadores do então presidente Donald Trump invadiram a sede do Congresso americano durante a sessão que confirmaria a vitória de Joe Biden.
O juiz distrital dos EUA Trevor McFadden rejeitou o argumento da defesa de que Couy Griffin, do Novo México, não seria culpado porque desconhecia que a área em que entrou era restrita e protegida pelo Serviço Secreto.
McFadden afirmou que Griffin atravessou três barreiras, precisando da ajuda de outros ou de uma escada para acessar o local.
“Tudo isso sugeriria a uma pessoa normal que talvez não devesse entrar naquela área”, disse McFadden após um julgamento de dois dias.
Griffin é um dos poucos acusados de participar do episódio que não enfrentam acusações de entrar no Capitólio ou de se envolver em atos violentos. O juiz McFadden absolveu Griffin de uma segunda acusação, de conduta desordeira, porque ele não tentou inflamar a multidão no Capitólio. Sua defesa afirma que ele foi processado por suas opiniões políticas.
McFadden marcou uma audiência de sentença em junho para Griffin, que pode passar até um ano atrás das grades. Griffin disse a repórteres do lado de fora do tribunal que não acha que uma sentença de prisão seria apropriada.