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Mundo Deputada ucraniana acusa tropas russas de estupros sistemáticos: “Algumas estão grávidas”

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A deputada Kira Rudyk, membro do Parlamento da Ucrânia, afirmou que a violência sexual é usada como forma de humilhar o povo ucraniano. (Foto: Reprodução)

A deputada Kira Rudyk, membro do Parlamento da Ucrânia, afirmou que a violência sexual é “sistemática em todas as áreas ocupadas pelos russos” na guerra contra seu país. Para a parlamentar, a prática é usada como forma de humilhar o povo ucraniano. As declarações foram dadas em entrevista à rede de televisão CBS.

“O estupro é usado como uma ferramenta de guerra na Ucrânia para quebrar nossos espíritos, nos humilhar e nos mostrar que podemos ser impotentes para proteger nossas mulheres e crianças e seus corpos”, disse. “Está acontecendo sistematicamente nos territórios ocupados”, acrescentou.

Relatos de estupros começaram a surgir após a retirada das tropas russas da região de Kiev, capital da Ucrânia. As vítimas descreveram os abusos para autoridades locais e entidades de direitos humanos.

“No início, estávamos trabalhando para garantir que as mulheres estivessem seguras e recebessem ajuda médica. E posso dizer que algumas delas estão realmente grávidas de soldados russos que as estupraram”, denuncia.

Kira diz que tem trabalhado para reunir evidências e depoimentos a respeito dos atos praticados pelas tropas russas, na expectativa de que as denúncias cheguem à Justiça.

A parlamentar esteve em Bucha após a partida das tropas russas. Kira conta que conseguiu obter, durante a visita, registros telefônicos e documentos que foram deixados pelos invasores. A partir destes dados, ela espera chegar aos nomes e sobrenomes dos soldados que abusaram sexualmente das ucranianas.

Vítima

Uma mulher de 50 anos que vive nos arredores de Kiev, na Ucrânia, denunciou ter sido vítima de estupro por um soldado que fazia parte das tropas russas. O crime ocorreu em 7 de março, quando ela estava em casa com o marido, que acabou morto por tentar salvá-la.

O relato surge num momento em que grupos de Direitos Humanos ucranianos alegam estar recebendo denúncias frequentes de violência sexual contra civis no país em guerra. Uma das organizações, La Strada-Ucrânia, informou que já foi notificada de nove casos de estupro envolvendo soldados russos contra 12 mulheres e crianças. Moscou nega as acusações.

Em entrevista à BBC, Anna, como a vítima foi identificada para preservar a identidade, contou que o homem que a violentou usou uma arma para ameaçá-la. “Com uma arma, ele me levou para uma casa próxima. E ordenou: ‘Tire sua roupa ou eu atiro em você.’ Ele continuou ameaçando me matar se eu não fizesse o que dizia. Então ele começou a me estuprar”, contou a vítima, chorando.

Ela disse ainda que, enquanto o homem cometia o crime, outros quatro soldados entraram na casa. A princípio, pensou que eles a matariam, mas o grupo retirou do local o soldado que a havia estuprado. Anna correu de volta para casa em seguida e encontrou o marido baleado.

“Ele tentou correr atrás de mim para me salvar, mas foi atingido por vários tiros”, lamentou, acrescentando que ela e o marido buscaram abrigo na casa de um vizinho. Sem poder ir para o hospital, o companheiro morreu dois dias depois. Ele foi enterrado no quintal de casa.

Os soldados ainda ficaram na residência do casal por alguns dias. Anna diz que o grupo a obrigou a entregar os pertences do marido.

“Quando eles foram embora, encontrei drogas e Viagra. Eles ficavam drogados e muitas vezes estavam bêbados. A maioria deles são assassinos, estupradores e saqueadores. Apenas alguns parecem OK”, disse.

Depois do trauma, a mulher conta que está em contato com o hospital local e recebe apoio psicológico.

‘Ponta do iceberg’

A presidente da organização La Strada-Ucrânia, Kateryna Cherepakha, disse ao Conselho de Segurança na ONU que a violência e o estupro tem sido usados com “arma de guerra” pelos soldados russos.

“Esta é apenas a ponta do iceberg. Sabemos e vemos que a violência e o estupro são usados agora como arma de guerra por invasores russos na Ucrânia, queremos que vocês ouçam nossas vozes”, ressaltou em conferência virtual.

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