Sexta-feira, 09 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 5 de maio de 2022
A informação consta em um relatório da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico)
Foto: Marcello Casal Jr./Agência BrasilA alta da inflação é uma preocupação global, mas a taxa registrada no Brasil permanece bem acima da média observada nas maiores economias do mundo. Um relatório divulgado na quarta-feira (04) pela OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) aponta que a inflação acumulada em 12 meses no Brasil é a maior do G20 – grupo dos países mais ricos do mundo –, atrás somente da Turquia e da Argentina.
Por aqui, a inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) atingiu 11,3% no acumulado em 12 meses até março. Já são sete meses seguidos com a inflação anual acima dois dígitos.
Na conjunto de países da OCDE, que inclui todas economias desenvolvidas e algumas emergentes, a inflação em 12 meses atingiu 8,8% em março, ante 7,8% em fevereiro – nível mais alto desde outubro de 1988. No grupo G20, a taxa ficou em 7,9%, contra 6,8% no mês anterior. No G7, o índice passou para 7,1%, vindo de 6,3%.
Segundo o relatório, cerca de um quinto dos 38 integrantes da OCDE tiveram inflação de dois dígitos em março, sendo a mais alta a da Turquia (61,1%). Os únicos outros países da organização – mas que não estão entre as maiores economias – com taxa anual acima de 10% são Lituânia (15,7%), Estônia (15,2%), República Tcheca (12,7%), Letônia (11,5%), Polônia (11%) e Eslováquia (10,4%).
A OCDE destacou a forte pressão dos preços da energia, cuja inflação saltou 33,7% em 12 meses, maior elevação desde maio de 1980.