Domingo, 22 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 8 de julho de 2022
O agropecuarista Rodrigo Luiz Parreira, de 38 anos, apontado como um dos autores do ataque com drone em evento do ex-presidente Lula (PT) e do ex-prefeito Alexandre Kalil (PSD), em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, está preso desde sábado (2), no presídio de Uberlândia, por aquisição irregular de arma de fogo, segundo informações Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp). A arma foi encontrada em um dos cinco endereços ligados ao agropecuário, que foram alvo de busca e apreensão da polícia.
Em nota, o advogado Benedito Vieira, que defende Pereira, nega que seu cliente seja dono do drone e ressalta que ele é réu primário e, portanto, tem direito a aguardar a investigação em liberdade.
Parreira já foi condenado por estelionato a dois anos e seis meses de prisão e foi absolvido de um outro processo por roubo.
A defesa afirma que o ataque com o drone não tem motivação política e ressalta que ocorreu aproximadamente quatro horas antes do evento, que somente ocorreu à noite. O advogado ressalta ainda que os processos ainda em apuração não tratam de nenhuma conduta de violência ou grave ameaça.
Água de esgoto
O ataque com o drone aconteceu no dia 15 de Julho, na Universidade do Triângulo Mineiro (Unitri). Apoiadores do Partido dos Trabalhadores, que aguardavam o encontro entre Lula e Kalil, afirmaram terem sido atingidos por “água de esgoto” lançada por um drone que sobrevoou o local naquela tarde.
O evento oficializou a aliança entre o ex-prefeito de Belo Horizonte e pré-candidato ao governo de Minas Gerais e o petista, pré-candidato à Presidência da República.
No dia do evento, a Polícia Militar deteve em flagrante três homens: Charles Wender Oliveira Souza, Daniel Rodrigues de Oliveira, além de Parreira. Segundo os agentes, o trio não tinha autorização para operar o equipamento e o caso foi encaminhado ao MPF.
Em um vídeo que circula pelas redes sociais, um dos homens diz que o drone, usado em plantações, despejava um veneno sobre os militantes. Outras publicações nas redes sociais afirmavam que o equipamento pulverizava fezes e urina sobre o público. As informações são do jornal O Globo.