Terça-feira, 16 de setembro de 2025
Por Redação O Sul | 18 de julho de 2022
Levantamento mostra que o trabalhador precisa usar salário para completar a alimentação do mês; antes da pandemia, duração média do benefício era de 18 dias
Foto: DivulgaçãoPesquisa da Sodexo Benefícios e Incentivos mostra que o saldo do crédito do vale-refeição não tem acompanhado o aumento do custo médio da refeição fora de casa.
O levantamento levou em conta o valor médio de R$ 40,64, da ABBT (Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador), dentro da base de clientes da empresa.
Segundo a Sodexo, desde a chegada da pandemia, em 2020, até junho deste ano, a duração média do vale-refeição tem sido de apenas 13 dias. Em 2019, era de 18 dias. A pesquisa leva em conta a concessão do vale-refeição por 22 dias, que é o período útil de trabalho dos funcionários.
“Se considerarmos que cada transação acontece em um dia útil, podemos dizer que hoje o trabalhador precisa desembolsar nove dias do salário para almoçar e assim fechar o mês até a próxima recarga do benefício “, explica Willian Tadeu Gil, diretor de Relações Institucionais e de Responsabilidade Corporativa da Sodexo Benefícios e Incentivos. O executivo lembra que as empresas têm ficado alertas a este cenário desafiador, reajustando o valor do crédito do benefício.
“Importante lembrar que, no primeiro trimestre deste ano em comparação com o mesmo período do ano anterior, empresas de todos os portes aumentaram, em média, 7,42% o valor do crédito do cartão refeição, justamente por entender que a oferta de benefícios ao trabalhador é questão de estratégia de negócio na atração e retenção dos melhores talentos”, diz.
No entanto, essa média de reajuste de 7,42% do vale-refeição ficou abaixo da inflação do período. O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que é a inflação oficial do País medida pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), ficou em 11,3% até março.