Segunda-feira, 07 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 27 de novembro de 2022
O senador Marcos do Val (Podemos-ES) usou as redes sociais para reclamar do salário de 33,7 mil que recebe no Legislativo. Na publicação, do Val expôs o extrato de uma conta bancária com saldo negativo e disse que em sua carreira anterior recebia “a cada dois dias o que ganha mensalmente como parlamentar”. Antes de se eleger, do Val tinha uma empresa para treinamento policial e dava palestras.
“Para os que pensam que tenho regalias e salários milionários, segue o extrato da minha conta. Na minha carreira anterior, eu recebia a cada 2 dias o que eu recebo hoje por mês como Senador. E ainda tendo que ouvir ataques, ofensas e ingratidão”, escreveu do Val, no Twitter.
Como senador, do Val tem direito a utilizar um imóvel funcional em Brasília, além de outros benefícios como plano de saúde vitalício custeado pelos cofres públicos.
O senador disse que compartilhou a conta bancária “para mostrar aos seus eleitores a transparência do seu mandato”, e que o conteúdo foi distorcido. “Como não sou político de carreira, e interrompi a minha carreira de instrutor da SWAT para ajudar o Brasil, fiz com a única intenção de mostrar que tudo tem um preço na vida”, disse.
Aumento de salários
A Câmara dos Deputados e o Senado decidiram oficializar o pedido para que os salários de parlamentares e servidores sejam reajustados. Por meio de emendas, as duas Casas pedem a reserva de R$ 370,4 milhões do Orçamento de 2023 para aumentar as remunerações da Câmara e R$ 199,3 milhões para elevar as do Senado. Se aprovado o reajuste, os salários de deputados e senadores subiriam de R$ 33,7 mil para R$ 36,8 mil.
Em agosto, a cúpula do Congresso já estava com o pedido de aumento salarial engatilhado e planejava apresentar a proposta após a eleição, para não prejudicar deputados federais e senadores que tentavam renovar o mandato. A medida foi oficializada no meio do feriado da Proclamação da República.
A articulação para aumentar os vencimentos ocorreu após iniciativa de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Em 10 de agosto, a Corte aprovou, por unanimidade, uma proposta de aumento de 18% para seus integrantes e todos os magistrados da Justiça Federal, o que representa um impacto de aproximadamente R$ 4,6 bilhões. O reajuste, se aprovado, eleva o salário dos ministros do STF de R$ 39,3 mil para R$ 46,3 mil.
As emendas foram apresentadas após reuniões feitas pelos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), com as Mesas Diretoras das duas Casas. O argumento para a correção dos valores é de que há recursos no caixa e, ainda, que deputados, senadores e servidores estão há oito anos sem reajuste. O último foi dado em 2014.