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Brasil Médico anestesista acusado de estupro de paciente na sala de parto começará a ser julgado na segunda-feira no Rio

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Principal prova contra Geovanni Quintela Bezerra é um vídeo gravado por enfermeiras. (Foto: Reprodução)

Preso no Pavilhão 8 do complexo penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste do Rio, o anestesista Geovanni Quintela Bezerra começará a ser julgado no próxima segunda-feira (12) .

Ele foi preso há cinco meses, acusado de ter estuprado uma paciente durante o parto, realizado no Hospital da Mulher, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. A principal prova contra ele é um vídeo gravado por enfermeiras que desconfiaram de atitudes suspeitas do médico durante a realização de outros partos. Com um celular escondido num armário, elas conseguiram registrar as imagens que chocaram o País.

Segundo informações obtidas pelo programa, a Defensoria Pública alegou que a gravação do vídeo é ilegal pois foi feita sem conhecimento dos envolvidos, nem autorização da polícia ou do Ministério Público. O argumento, no entanto, não foi aceito pela Justiça, que lembrou o fato de que crimes como este são sempre cometidos às escondidas e que a vítima, sedada de forma exagerada pelo agressor, não teria condições de denunciar o fato ou depor a respeito. Além disso, prevaleceu o entendimento de que a gravação foi feita por profissionais de saúde que tinham o dever de agir em defesa da vítima.

Para cometer o crime, o anestesista aplicou, segundo consta no inquérito, sete doses de sedativos potentes, como cetamina e propofol, que não são indicados para a realização de cesarianas. O programa Fantástico, da TV Globo, teve acesso ao laudo da perícia que aponta o uso de uma quantidade de anestésicos acima do que é normalmente utilizado no procedimento. Isso explica o fato de a mãe mostrar-se quase sem reação quando o pediatra leva a criança até ela após a cesariana.

O Fantástico teve acesso também ao vídeo completo que revela o estupro cometido pelo médico. Com mais de uma hora e meia de duração, ele mostra desde a chegada da grávida à sala de parto, passa por toda a preparação para a anestesia e chega ao momento do abuso, cometido após o parto, durante o procedimento de laqueadura combinado previamente com a equipe médica.

Em determinado momento do vídeo, soa um alarme que, de acordo com os peritos, foram ativados no monitor multiparâmetro e poderiam corresponder a uma queda na saturação de oxigênio da paciente. Isso porque além da forte sedação e da ausência de máscara de oxigênio, o anestesista ainda obstruiu as vias aéreas da mulher durante o abuso. O barulho atrai a atenção dos médicos que faziam a laqueadura e Giovanni então desativa o alarme. Protegido por uma cortina que o separava do restante da equipe, ele continua com os abusos. A ação toda leva dez minutos.

A Defensoria Pública não comentou o caso. A defesa chegou a pedir para que Giovanni Bezerra aguardasse o julgamento em liberdade. Solicitou também a realização de um teste de sanidade do cliente, sob o argumento de que o médico tem transtornos psicológicos na família e fazia uso de medicamentos que aumentam o desejo sexual. Ambos os pedidos foram negados pela Justiça. Giovanni responderá por estupro de vulnerável.

“Em vez de eu sair pela porta da frente, com meu filho no colo, eu saí pelos fundos do hospital. Escondida. Com vergonha. O que eu quero é que ele não possa mais tocar em mulher nenhuma dessa forma”, disse a vítima em entrevista exibida no Fantástico.

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