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Política Lula consulta políticos sobre favoritos para vaga de ministro do Supremo; veja o que pesa a favor ou contra os dois nomes

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Lula deixou claro que o critério mais importante no processo de escolha são os níveis de confiança e acesso que ele terá com o futuro ministro.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Lula deixou claro que o critério mais importante no processo de escolha são os níveis de confiança e acesso que ele terá com o futuro ministro. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Faltando pouco mais de um mês para a aposentadoria da ministra gaúcha Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva consulta políticos sobre os nomes cotados para a vaga. A corrida que vem se afunilando, tem dois favoritos: o advogado-geral da União, Jorge Messias, e o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas.

Nas conversas com nomes de confiança do chefe do Executivo, ambos têm se empenhado para mostrar alinhamento a pautas progressistas, caras ao governo. Mesmo diante de uma campanha promovida pela esquerda para indicação de uma mulher ao Supremo nos últimos meses, o petista não sinaliza de que a pressão surtirá efeito. O presidente já deixou claro que o critério mais importante no processo de escolha são os níveis de confiança e acesso que ele terá com o futuro ministro. Até o momento, Lula não demonstrou ver uma mulher que preencha tais requisitos.

Antes da viagem para a África na semana passada, Lula questionou o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), e o prefeito do Rio, Eduardo Paes, sobre o que pensam a respeito de Bruno Dantas. O ministro do TCU tem como um dos principais padrinhos, inclusive, o senador Renan Calheiros (MDB-AL), principal adversário de Lira em Alagoas.

Entre alguns setores do entorno do presidente, o chefe da AGU é apontado como nome que tem ganhado cada vez mais força pelas estreitas ligações com o PT, embora ele não seja filiado à sigla.

Antes de conquistar a confiança de Lula, ele construiu uma relação pessoal com a ex-presidente Dilma Rousseff. Evangélico, deve contar com a boa vontade dos parlamentares do segmento. Parlamentar evangélico, Cezinha de Madureira (PSD) já disse publicamente que a bancada está disposta a trabalhar por ele, caso seja o escolhido por Lula.

Por outro lado, a forte relação de Messias com o PT, assim como a sua religião, podem dificultar a aceitação junto a outras forças políticas no Senado. Em outra frente, na AGU, ele se movimenta para contemplar bandeiras da esquerda. Sob a supervisão de Messias, o órgão procura privilegiar a defesa dos direitos humanos e das minorias. A AGU remodelou a sua estrutura para contemplar assuntos importantes para o petista, como são os casos das procuradorias de Defesa da Democracia e do Meio Ambiente.

A AGU atualizou ainda o modelo de licitação a fim de incluir exigência de contratação de vítimas de violência doméstica.

Outro tema prioritário ao Planalto, a defesa dos povos indígenas ganhou um grupo especial, criado pela AGU: o núcleo tem colaborado com a retomada dos processos de demarcação de terras e atuado em operações e processos judiciais evolvendo garimpo ilegal no território Yanomami.

Por outro lado, Bruno Dantas ampliou sua campanha em prol de uma aproximação com Lula nos últimos dias. O ministro do TCU tem buscado agendas diretas com o presidente e capitaliza um apoio amplo no Congresso, bem como entre ministros do Supremo, como Gilmar Mendes e Dias Toffoli, além de ter proximidade com quadros do PT, como o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa.

Cotado para uma vaga no Supremo desde o governo Dilma, nos últimos anos o magistrado se engajou em causas caras à ala progressista, como a promoção de pautas ligadas à diversidade e à igualdade de gênero, e proteção aos direitos das pessoas indígenas.

No início do mês, Dantas promoveu no TCU o seminário “Políticas Públicas para a população LGBTQIA+” e se pronunciou sobre o tema — mais uma das pautas caras ao governo petista.

Outros atos de Dantas no TCU, entretanto, devem complicar a sua caminhada. O ministro foi um dos que votaram pela rejeição das contas de Dilma, em 2016, o que foi determinante para o impeachment da então presidente. Além disso, ele é apadrinhado de caciques do MDB, como o ex-presidente José Sarney, além de Renan.

 

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