Domingo, 09 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 16 de outubro de 2023
O porta-voz da ala militar do Hamas, Abu Obeida, declarou que há entre 200 e 250 reféns israelenses em Gaza, número maior que o anteriormente estimado pelo governo de Israel. Ele disse que não há um número preciso pelas “dificuldades práticas e de segurança”.
Em entrevista a uma TV de Gaza, Obeida disse que 200 estão com o Hamas e outros 50 nas mãos de “facções da resistência e em outros lugares”. “Os cidadãos estrangeiros são nossos hóspedes e serão libertados quando as condições de campo permitirem”, afirmou.
No dia 7 de outubro, quando o grupo terrorista Hamas atacou o território israelense, os combatentes sequestraram 199 pessoas em Israel que agora são reféns na Faixa de Gaza, segundo os números do governo israelense.
Nessa segunda-feira (16), o Hamas divulgou um vídeo que mostra uma dessas reféns. Segundo o jornal “Times of Israel” e “Haaretz”, trata-se de Mia Schem, de 21 anos, que tem cidadanias francesa e israelense. Os jornais afirmam que ela foi raptada em uma festa rave que foi atacada pelos terroristas do Hamas.
Schem aparece com um braço engessado e afirma que foi operada durante três horas e que está recebendo cuidados e remédios. Ela afirma que só pede para voltar para casa assim que possível, para a família, para os parentes, para os irmãos. “Por favor me tirem daqui assim que possível”, afirma.
O exército israelense divulgou comunicado no qual afirma que o Hamas tenta “se retratar como uma organização humanitária, mas é uma organização terrorista assassina responsável pelo assassinato e sequestro de bebês, mulheres, crianças e idosos”.
De acordo com uma análise do jornal “The New York Times”, há indicações de que parte das imagens foi gravada há pelo menos seis dias.
Ameaças do Hamas
O Hamas ameaçou executar os reféns em caso de ataques de Israel contra civis na Faixa de Gaza.
Mais tarde, um importante líder do Hamas afirmou que “tem o que precisa” para libertar todos os palestinos de prisões de Israel. Ele também indicou que o grupo pode tentar usar os reféns como barganha para assegurar a libertação de prisioneiros da Palestina.
Pouco depois de Khaled Meshaal ter feito os comentários sobre os prisioneiros, que incluem israelenses e não israelenses sequestrados pelo Hamas no dia 7 de outubro, o braço armado do grupo anunciou que os não israelenses são “convidados” que serão soltos “quando as circunstâncias permitirem”.
Nessa segunda-feira (16), o chefe da diplomacia da Turquia, Hakan Fidan, conversou por telefone com o líder do Hamas, Ismail Haniyeh, sobre a possibilidade de libertação dos reféns. As informações são do portal de notícias G1.