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Mundo Quase 500 pessoas morreram este ano apenas em tiroteios nos Estados Unidos

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Equipes de paramédicos socorrem um dos 17 feridos do lado de fora do Inland Regional Center, em San Bernardino, na Califórnia.Crédito: Reprodução

Autoridades afirmaram que a mulher envolvida no ataque ao centro comunitário em San Bernardino, na Califórnia (EUA), jurou fidelidade para um líder do grupo extremista EI (Estado Islâmico) por meio do Facebook.

Esse é um dos elementos que torna esse ataque diferente da maioria dos atentados a tiros nos Estados Unidos. O FBI investiga o caso como ato de terrorismo. A série de disparos, no último dia 2, deixou 14 pessoas mortas e 21 feridas.

Ao todo, 462 pessoas morreram e 1.314 ficaram feridas neste ano nos EUA em ataques a tiros, muitos dos quais aconteceram nas ruas ou em locais públicos.

O envolvimento de mulheres nesses ataques é incomum. De acordo com dados da organização Shooting Tracker, que rastreia esse tipo de ação, 98% dos ataques a tiros no país foram feitos por homens. Outro fator que foge do padrão é o fato de dois atiradores estarem envolvidos. A maioria desses ataques é promovida pelos apelidados “lobos solitários”, criminosos que agem de forma independente.

O atentado em San Bernardino foi o ataque a tiros mais grave nos Estados Unidos desde 2012, quando 26 pessoas foram mortas em uma escola em Newtown, no Estado de Connecticut.

Controle de armas.

Incidentes com mais de dez mortos, como este, também fazem ampliar o debate político sobre o controle de armas, que divide o país. “O problema é muito grave. Se olharmos as estatísticas, isso tem crescido principalmente após 2011. Podemos dizer que o país vive uma espécie de epidemia e, infelizmente, a tendência é que este tipo de incidente continue a crescer”, afirmou J. Reid Meloy, psicólogo forense de San Diego (Califórnia), especializado em avaliar ameaça a escolas e empresas.
Meloy acredita que o país precisa debater urgentemente formas de criar controles para as armas, principalmente para pessoas com problemas mentais, instáveis ou que possam gerar riscos. O direito a armamento está na Constituição e um forte lobby das empresas do ramo impedem qualquer avanço no tema.

Sociedade dividida.

A sociedade americana, em geral, se divide sobre o assunto: uma pesquisa da Pew Research, realizada no fim de julho, aponta que 85% dos americanos são favoráveis à verificação dos antecedentes criminais para a venda de armas e que 79% defendem leis para evitar que pessoas com distúrbios mentais tenham acesso a elas. Alguns pontos, contudo, evidenciam bem a divisão da sociedade sobre o tema: 85% dos democratas apoiam a criação de um banco de dados sobre armas pelo governo federal, contra 55% dos republicanos. E, enquanto 70% dos democratas querem a proibição para a venda de armas automáticas, menos da metade dos republicanos (48%) é a favor da proposta.

O site Gun Violence Archive (Arquivo de violência com armas, na tradução livre) mostra que o problema não é restrito aos ataques em massa. Este ano, segundo levantamento, ocorreram 48.194 episódios do tipo, independentemente do número de vítimas, que causaram 12.188 mortes nos EUA. Das vítimas, 640 tinham entre 0 e 11 anos e outros 2.417 entre 12 e 17 anos.

O presidente Barack Obama e os democratas tentam, há anos, criar algumas restrições ou, ao menos, um registro nacional de donos de armas, mas o tema é rechaçado pela maioria dos republicanos. Entretanto, o apoio dos americanos às armas transcende os partidos e o pré-candidato democrata Bernie Sanders, que se define como socialista, defende as armas, comuns em seu estado natal, Vermont. O tema deve voltar a ganhar força nas eleições presidenciais americanas do ano que vem, embora especialistas não vejam muito espaço para um acordo político sobre o assunto. (AG)

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