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Brasil Polícia Federal faz operação contra mais de 30 suspeitos de vender 43 mil armas a facções criminosas

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Cinco carreiras terão aumentos escalonados a partir de 2024. (Foto: PF/Divulgação)

Uma operação da Polícia Federal (PF), em conjunto com o Paraguai e os Estados Unidos, desmontou o maior esquema de tráfico de armas já descoberto no Brasil.

A investigação começou em 2020 em Vitória da Conquista, na Bahia, quando a polícia apreendeu 23 pistolas fabricadas na Croácia e acabou chegando a um dos maiores traficantes de armas do mundo.

Os policiais vasculharam a casa do argentino Diego Hernan Dirísio, em Assunção, no Paraguai. Uma outra equipe foi à empresa dele e encontrou caixas e mais caixas com pistolas e fuzis. Dirísio, apontado como chefe do esquema, está foragido.

Ao todo, os policiais prenderam 19 pessoas – 14 no Paraguai e cinco no Brasil – e cumpriram 54 mandados de busca e apreensão no Brasil, Paraguai e Estados Unidos.

No Brasil, a operação cumpriu mandados em cidades do Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e no Distrito Federal. A Justiça bloqueou R$ 66 milhões dos investigados. Durante as buscas, policiais apreenderam carros e relógios de luxo e muito dinheiro em espécie.

Segundo os investigadores, o grupo comprava armas fabricadas em países como Croácia, Turquia e Eslovênia. O núcleo financeiro da facção criminosa mandava dinheiro para os Estados Unidos – com ajuda de doleiros – para contas de laranjas. De lá, o dinheiro era transferido para empresas de fachada, que pagavam os fabricantes europeus.

As armas eram, então, enviadas para o Paraguai e repassadas para intermediários na fronteira com o Brasil – já com os números de série raspados – e eram entregues a chefes de facções criminosas principalmente no Rio de Janeiro e São Paulo.

A polícia calcula que o esquema movimentou R$ 1,2 bilhão nos últimos três anos e que, nesse período, 43 mil fuzis e pistolas chegaram às mãos de criminosos no Brasil por esse caminho.

A polícia do Paraguai também investiga a suspeita de corrupção de dirigentes da Dimabel, órgão militar do Paraguai responsável pela fiscalização e controle de armas no país vizinho. Funcionários e ex-funcionários da Dimabel foram presos nessa terça. Entre eles, um general – ex-comandante da Força Aérea do Paraguai. Eles teriam fornecido licenças de importação e documentos para as armas da organização criminosa em troca de presentes e propina.

Os ministros da Justiça do Brasil e da Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai se reuniram em Brasília para acompanhar a operação. Flávio Dino disse que essa investigação é um passo importante na luta contra o crime e que ela pode ter novos desdobramentos nas próximas semanas.

“Nós temos a certeza de que essa é uma fonte importante. O governo do Paraguai concorda e está agindo junto conosco. O resultado é, de fato, enfraquecimento das organizações criminosas no Brasil. Portanto, no breve futuro, a redução das taxas de criminalidade no nosso país”, afirmou o ministro da Justiça.

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