Terça-feira, 25 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 20 de dezembro de 2023
O presidente de Israel, Isaac Herzog, disse que, para garantir a libertação dos reféns ainda mantidos na Faixa de Gaza, seu país está disposto a aceitar uma nova trégua com o grupo terrorista Hamas.
“Israel está pronto para mais uma pausa humanitária e ajuda humanitária adicional, a fim de assegurar a libertação de reféns”, declarou Herzog a diplomatas estrangeiros, de acordo com informações divulgadas pelo seu gabinete.
“E a responsabilidade está toda com [o líder do Hamas, Yahya] Sinwar e a liderança do Hamas”, afirmou Herzog, cujas funções como presidente são essencialmente cerimoniais.
Basem Naem, uma alta autoridade do Hamas que se encontra fora de Gaza, descartou novas negociações para a libertação de prisioneiros, enquanto a guerra não for interrompida. No entanto, acrescentou que o grupo está aberto a quaisquer iniciativas para terminar o conflito armado em Gaza.
Conversas “positivas”
Uma fonte ouvida pela agência Reuters disse que o primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Abdulrahman, e os diretores dos serviços de inteligência dos EUA e de Israel tiveram conversas “positivas” em Varsóvia (Polônia), em busca de maneiras de reativar as negociações. Contudo, a fonte disse que um acordo iminente não é esperado.
Reféns
Uma trégua no fim de novembro intermediada por diplomatas do Catar — que abriga o escritório político do Hamas — e dos Estados Unidos durou uma semana e resultou na libertação de 110 reféns do Hamas, em troca de 240 mulheres e jovens palestinos que estavam em prisões israelenses.
Israel continuou nessa terça-feira a bombardear a Faixa de Gaza. A campanha militar israelense até agora causou a morte de 20 mil moradores do território, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza. Os ataques do Hamas a partir de 7 de outubro causaram a morte de 1.200 israelenses.
A UNRWA, agência das Nações Unidas para refugiados palestinos, disse que mais de 60% da infraestrutura de Gaza foram destruídos ou danificados e mais de 90% da população de 2,3 milhões foram obrigados a abandonar suas casas. “Trata-se de um nível de destruição e deslocamento forçado chocante e sem precedentes que acontece diante dos nossos olhos”, afirmou a agência, em comunicado. As informações são do jornal Valor Econômico.