Por Redação O Sul | 15 de dezembro de 2015
Um príncipe saudita Alwaleed bin Talal descreveu o empresário Donald Trump, candidato à indicação do Partido Republicano para as próximas eleições à Presidência dos Estados Unidos, como uma “vergonha para a América”. O príncipe disse por meio do Twitter que Trump deveria desistir de suas ambições presidenciais, porque ele nunca ganhará a disputa. O comentário foi feito em meio às reações aos comentários do empresário americano de que muçulmanos deveriam ser impedidos de entrar no país por questões de segurança. Trump respondeu a Bin Talal com uma mensagem que chama o príncipe de “dopey” (drogado, em inglês).
Príncipe progressista.
Nascido em 1955, Alweed bin Talal é sobrinho do rei Salman bin Abdulaziz al-Saud e empresário. Com uma fortuna estimada em 32 bilhões de dólares (mais de 121 bilhões de reais), ele figurou entre os árabes mais ricos do mundo na lista de 2015 da revista Forbes.
O nobre é conhecido na Arábia Saudita por seus costumes ocidentalizados e posições progressistas. É, por exemplo, um defensor da ampliação de direitos femininos, e a maioria de seus funcionários são mulheres.
“Você é uma vergonha não só para o GOP [sigla em inglês para o Partido Republicano], mas também para toda a América”, registrou ele em um post no Twitter. “Desista da corrida presidencial, já que você nunca a vencerá.” Trump respondeu acusando que o príncipe de usar o “dinheiro do papai” para tentar controlar políticos americanos e que isso não acontecerá quando ele for eleito.
Líder nas pesquisas.
Trump lidera as pesquisas sobre a indicação dos republicanos para as eleições e tem sido amplamente criticado por sua proposta de vetar a entrada de muçulmanos nos Estados Unidos. A Damac Properties, uma empresa que está construindo um complexo de golfe para o empresário em Dubai, nos Emirados Árabes, retirou o nome de Trump e uma foto sua com sua filha da fachada do empreendimento. Os comentários de Trump foram feitos após os ataques realizados na Califórnia (EUA) por dois muçulmanos que se radicalizaram no país, segundo o FBI. (AG)
