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Mundo Governo da Argentina baixa os juros mais uma vez

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Inflação da Argentina ficou em 11% em março, apontou o Índice de Preços ao Consumidor. (Foto: Reprodução)

O Banco Central da Argentina (BCRA) cortou em dez pontos porcentuais a taxa básica de juros do país, que caiu de 80% para 70%. Em comunicado, a autoridade monetária cita uma “pronunciada desaceleração” da inflação para justificar a medida.

Ao anunciar a decisão, a autoridade monetária afirmou que está observando uma “desaceleração pronunciada” da inflação, “apesar do forte efeito estatístico tardio que a inflação carrega em suas médias mensais”.

O banco acrescentou que, desde que Javier Milei assumiu o cargo, a base monetária foi reduzida substancialmente, o que ajuda a absorver a liquidez e a conter os aumentos de preços.

O governo de Milei assumiu com propostas de reformas e executa um draconiano ajuste fiscal para alcançar a meta de déficit zero. O ajuste, que inclui forte redução dos gastos públicos, prevê privatizações e até o fechamento de agências e órgãos do Estado.

Inflação

A inflação da Argentina ficou em 11% em março, apontou o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) divulgado nessa sexta-feira (12) pelo Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec) do país. Com o resultado, o aumento dos preços chegou a 287,9% em 12 meses.

O número representa uma nova desaceleração em comparação ao observado em fevereiro, quando os preços subiram 13,2%.

O movimento foi puxado principalmente pela inflação dos segmentos de Educação (52,7%), Comunicação (15,9%) e Habitação, Água, Eletricidade, Gás e Outros Combustíveis (13,3%).

Já a inflação anual argentina avançou para 287,9% em março – maior patamar desde fevereiro de 1991, quando a inflação ficou em 582%. A alta foi de 11,7 pontos percentuais em relação aos 276,2% registrados em fevereiro.

Impacto

O governo Milei tem tido um bom desempenho na macroeconomia, mas tem sérios problemas na microeconomia.

Os títulos públicos argentinos se revalorizam, a taxa de risco-país cai, a bolsa se recupera, a moeda fica estável, mas no cotidiano as dificuldades se acumulam: supermercado, salários, colégio, plano de saúde, contas diárias, necessidades básicas.

Até agora, os argentinos só conheceram os custos de um plano de estabilização incompleto. Os benefícios são uma promessa no final do túnel.

Em dezembro, os salários aumentaram 9,1% em média, enquanto a inflação foi de 25,5%. Em janeiro, os salários aumentaram 16,4%, enquanto a inflação foi de 20,6%.

Em 2023, os trabalhadores públicos tiveram uma queda de 20,2% do poder aquisitivo; os privados, 14,7%; os informais, 31%; e os aposentados, 40%.

Com isso, as vendas no varejo diminuíram 22,1% no primeiro trimestre. As vendas de automóveis desabaram 30,2% no primeiro trimestre. Os fabricantes de carros e de eletrodomésticos passaram a suspender pessoal e a promover um plano de demissão voluntária.

O governo tem aplicado um ajuste para reverter um déficit fiscal de 6,1% do PIB e o FMI (Fundo Monetário Internacional) tem chamado a atenção para a necessidade de atender os mais vulneráveis.

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https://www.osul.com.br/governo-da-argentina-baixa-os-juros-mais-uma-vez/ Governo da Argentina baixa os juros mais uma vez 2024-04-12
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