Domingo, 04 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 19 de janeiro de 2016
Marcio teve negada uma cirurgia para retirar um tumor no cérebro. Luciene, obesa mórbida, uma operação para reduzir o estômago. A Walter foi vetada uma radioterapia mais precisa. Todos tiveram procedimentos negados pelos planos de saúde, recorreram à Justiça e ganharam as ações.
Estudo da USP (Universidade de São Paulo) mostrou que 92,4% das decisões judiciais contra planos de saúde da cidade de São Paulo favoreceram o paciente. Em 88% delas, a demanda foi atendida na íntegra; em 4%, parcialmente. A pesquisa avaliou todas as 4.059 decisões de segunda instância proferidas pelo TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) contra planos coletivos de 2013 a 2014. Cerca de 60% dos paulistanos possuem planos de saúde – desses, 5,2 milhões têm planos coletivos, que representam 83% do mercado.
ANS
A exclusão de coberturas foi a principal causa das demandas (47,6%). O empresário Walter Carmona, 58 anos, acionou a Justiça em 2014. Ele teve indicação médica de uma radioterapia mais avançada (IMRT) para tratar um tumor de próstata reincidente. O plano alegou que isso não estava no rol da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar). O empresário entrou com ação judicial, e no dia seguinte, foi concedida uma liminar determinando a realização do procedimento. Depois, o TJ-SP ratificou a decisão. (Folhapress)