Sábado, 06 de dezembro de 2025
Por Redação O Sul | 25 de janeiro de 2016
O Brasil passa por um período de “transição econômica” e “dificuldades temporárias”, mas não está paralisado. Essa é a avaliação feita pela presidenta Dilma Rousseff em entrevista concedida ao jornal El Comercio, do Equador. A governante viaja nessa terça-feira (26) para Quito, capital do país, onde participa de cúpula da Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos). Em entrevista por escrito, ela comentou temas como a situação em países vizinhos, os Jogos Olímpicos no Rio e as investigações sobre corrupção na Petrobras.
“Confio que a economia brasileira vai superar esses desafios e emergir mais forte e mais competitiva. O Brasil não parou, nem vai parar”, afirmou. Questionada sobre a manutenção de políticas sociais, Dilma disse que as ações estão mantidas. “Não vamos retroceder em políticas exitosas de inclusão social e não vamos nos descuidar daqueles que mais necessitam. Mesmo em um contexto de ajuste, mantivemos os programas sociais e os principais investimentos.”
A presidenta também foi questionada sobre a Operação Lava-Jato, da Polícia Federal, que investiga desvios de verba na Petrobras. Ela ponderou que seu governo é “implacável” com o combate à corrupção. “A Polícia Federal sempre teve total autonomia para investigar as denúncias de corrupção, e a Justiça brasileira, respeitando a Constituição e a legislação nacional, tem atuado de maneira independente”, disse.
Dilma voltou a se posicionar contra seu impeachment. “Não é aceitável, em uma sociedade democrática e participativa, tirar um presidente apenas por divergência política, sem nenhum respaldo jurídico.” (Folhapress)