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Rio Grande do Sul Cúmplice da morte do menino Bernardo é encontrada morta em penitenciária de Porto Alegre

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Edelvânia havia retornado ao regime semiaberto há menos de dois meses. (Foto: Arquivo/TJ-RS)

Menos de dois meses após retornar ao regime semiaberto, uma das mulheres condenadas pelo assassinato do menino Bernardo Boldrini – em 2014 – foi encontrada morta em uma cela do Instituto Penal Feminino de Porto Alegre, nessa terça-feira (22). A Polícia Penal informou que o corpo apresenta sinais de enforcamento, mas o caso é investigado.

Trata-se de Edelvânia Wirganovicz, 51 anos. Em 2019, ela foi condenada a 22 anos de cadeia como cúmplice do infanticídio e ocultação do cadáver nas imediações de Três Passos (Noroeste gaúcho) pela amiga Graciele Ugulini, madrasta do garoto.

Edelvânia já estava presa ao receber a sentença e passou ao regime semiaberto em 2022, mas no ano seguinte a Justiça gaúcha impôs a prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica, por causa do déficil de vagas no sistema carcerário. Em 25 de fevereiro deste ano, a medida foi derrubada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e teve que retornar ao semiaberto, por ainda não ter cumprido tempo de reclusão compatível com o benefício.

Em meio a esse vai-e-vem jurídico, o advogado de defesa de Edelvânia protestou. Principal argumento: sua cliente sofria risco de morte ao retornar para o sistema prisional, devido à tradicional retaliação por outras apenadas à presença de envolvidos em crimes contra crianças.

A morte da apenada também ocorreu cinco dias após a madrasta de Bernardo ser autorizada a progredir para o semiaberto, avanço conquistado com dedicação a trabalho e estudo no presídio feminino.

Relembre o crime

O estudante Bernardo Uglione Boldrini tinha 11 anos quando recebeu uma overdose de sedativos, no dia 4 abril de 2014, em Três Passos, onde vivia com o pai e a madrasta em uma casa na área central da cidade. O casal comunicou o desaparecimento e o corpo do garoto foi encontrado dez dias depois, em cova à beira de um riacho no município de Frederico Westphalen.

De acordo com as investigações da Polícia Civil e a denúncia do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), o casal planejou e participou de todas as etapas do crime. Para isso, contou com a ajuda de Edelvânia e do irmão desta última, mediante oferecimento de vantagens financeiras.

Eles teriam conduzido a vítima até o local de sua morte, além de combinarem versões, posteriormente, para apresentar álibis compatíveis entre si. O assassinato teria sido cometido, basicamente, por dois motivos:

– A madrasta de Bernardo não queria partilhar com o menino os bens deixados pela mãe dele, que já havia morrido (por suicídio) em 2010.

– O pré-adolescente era considerado “um estorvo” à nova configuração familiar decorrente do segundo casamento do pai, que gerou uma filha, meia-irmã do garoto.

(Marcello Campos)

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