Sexta-feira, 02 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 31 de janeiro de 2016
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é acusado de receber propina em cinco contas no exterior que, até o momento, eram desconhecidas. A informação foi publicada pela Folha de S.Paulo no domingo baseada em depoimentos do empresários Ricardo Pernambuco e Ricardo Pernambuco Júnior, da Carioca Engenharia, após acordos de delação premiada com a PGR (Procuradoria-Geral da República).
Caso confirmadas, as cinco contas se somariam às outras quatro que já haviam sido reveladas. De acordo com os empresários, foram repassados 3,9 milhões de dólares a cinco contas: Korngut Baruch, no Israel Discount Bank (Israel); Esteban García, no Merril Lynch Bank (EUA); Penbur Holdings, no BSI (Suíça); Lastal Group, no Julius Bär (Suíça); e Lastal Group, no Bank Heritage (Suíça). Procurado, Cunha afirmou que “não existe qualquer fato novo na matéria que imponha nova manifestação”. A PGR investiga se Cunha recebeu propina para garantir a liberação de recursos do FGTS para o financiamento das obras do Porto Maravilha, no Rio de Janeiro. O valor poderia chegar a 52 milhões de reais.
O consórcio Porto Novo, encarregado da execução do projeto, é formado pela Carioca Engenharia, OAS e Odebrecht. Em dezembro, a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão na residência oficial de Cunha, em Brasília, e em sua casa e escritório, no Rio.