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Colunistas A geração do casulo do quarto: um fenômeno social a ser enfrentado!

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Foto: Divulgação

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Para a geração atual o quarto não é apenas um lugar para dormir, descansar, ler e olhar televisão, até porque essa geração, diferente das outras, em geral, não lê algo mais elaborado e também não assiste TV.

Para eles o quarto é um lugar de vida, mas uma vida, bem diferente da que conhecemos, até aí parece não ter grandes problemas, mas… há muitos problemas sim!

O isolamento, o uso excessivo de telas, o acesso indiscriminado a internet, vídeos e jogos de violência, pode transformar esse ser que vive no casulo do quarto, fazendo com que ele, de forma absurda, passe a desconsiderar a escola, o estudo, normalize o desrespeito, a violência e o bullying, em outros casos, passa a ser vítima disso tudo, fato que vem causando muitos problemas, atentados contra a própria vida e crimes graves.

Quando um crime acontece, alguns dizem: porque ele fez isso? Ele era bonzinho, era tranquilo, só ficava no quarto! Por certo, esse era o sinal que ninguém percebeu, o quarto, o excesso de permanência e isolamento no quarto, com total acesso às redes sociais e ao universo da internet!

Após um período de metamorfose no casulo do quarto, o ser que lá entrou, já não é mais o mesmo, o ideal é que nunca tivesse entrado e permanecido tanto tempo, mas obviamente, o quarto não é o culpado! Fica a reflexão!

Ninguém acorda pela manhã com uma “brilhante” ideia de cometer uma atrocidade, isso não acontece do nada, essa ação é construída ao longo de um período e, muitas vezes, incentivada por outras pessoas, lá nos confins escuros da internet. Enquanto isso alguns responsáveis, alheios a tudo, seguem tachando seus jovenzinhos de quietos, porque estão enfurnados, nas profundezas ocultas de um quarto.

Este fenômeno social precisa ser enfrentado, pois estamos perdendo uma geração inteira e a próxima não será diferente, brevemente precisaremos de profissionais em várias áreas do conhecimento e não os teremos, a violência, os problemas psicológicos e psiquiátricos só aumentarão, pois, a geração do quarto não acordará sozinha para a vida real sem ajuda, e para ajudar precisamos entender e agir precocemente, qualquer descuido será como já se apresenta, em muitos casos, tarde demais!

Não há receita pronta, mas o certo é que pais e responsáveis precisam fazer a sua parte no processo e parar de terceirizar a atenção e a educação dos filhos para a internet! É muito confortável colocar um celular ou um computador nas mãos das crianças e dos adolescentes e seguir a sua vida normalmente, mas tudo tem um preço e já estamos pagando caro demais!

É preciso tirá-los do casulo do quarto e levá-los para atividades reais, andar de bicicleta, cair e machucar os joelhos, pescar, praticar esportes, acesso à cultura, ensiná-los a rir das suas dificuldades, pois todos nós as temos, precisamos ensiná-los a viver a vida real, no mundo real!

Não esperem que eles mudem sozinhos! Proponham a mudança e, antes de tudo, não esperem que tudo aconteça para depois agir, é preciso agir antes que tudo aconteça.
Como já foi dito, não há receita pronta, mas crianças que crescem rodeadas de livros, com prática de esportes, atividades sociais, culturais, atenção, carinho e, principalmente, com a ausência de telas e internet até a idade indicada por especialistas, dificilmente serão cooptadas pelo terrível casulo do quarto! Precisamos acordar para essa realidade!

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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