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Colunistas Mães: amor e ódio

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Com o tempo, passamos a entender o amor incondicional que as mães nos entregam

Foto: Divulgação
Com o tempo, passamos a entender o amor incondicional que as mães nos entregam. (Foto: Divulgação)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Fale a verdade: você já odiou sua mãe, mesmo que por um instante? É tão difícil encontrar palavras que possam descrever o amor de uma mãe, tanto o que elas sentem por nós, como o que nós sentimos por elas.

No decorrer de nossas vidas, nossos sentimentos por nossas mães se dividem e intensificam. Nos primeiros anos de vida, ela é tudo para você.

Jamais esquecerei o dia em que minha mãe saiu para trabalhar pela primeira vez. Eu tinha aproximadamente 4 ou 5 anos e me lembro de estar olhando pela janela, vendo-a caminhar pela rua.

Senti uma dor tão grande que parecia que meu coração estava se partindo. Uma dor tão intensa que a maioria de nós não lembra, mas naquele momento trouxe um sentimento de perda enorme, como se ela estivesse indo embora e me abandonado para sempre…

Na adolescência, passamos por diversas experiências e conflitos, onde muitas vezes até o ódio se aflora, mesmo que momentaneamente. Quando contrariados, cheios da nossa razão, chegamos a nos revoltar contra nossas mães por suas decisões ou atitudes que contrariam nossas vontades.

Às vezes, até sentimos vergonha quando elas aparecem em público, “amorosas para nos abraçar e nos encher de carinho”… E quando surgem em público indignadas com algo que fizemos? Quanta vergonha sentimos nessa fase. Não nos consideramos mais crianças e não queremos ser vistos dessa forma.

De qualquer forma, nessa idade isso nos causa vergonha e constrangimento. Nessa fase de transição de adolescente para adulto, há momentos em que ela é tudo para nós: nossa amiga, nossa conselheira.

Mas existem momentos em que não concordamos com seus pensamentos e julgamentos sobre pessoas com quem nos relacionamos, em razão disso, acabamos entrando em conflito novamente.

Devemos entender que nossas mães também são seres humanos e passíveis de erros. Assim como elas tiveram paciência conosco no passado, devemos aprender a lidar com essas situações no presente, mesmo quando estão erradas.

Para elas, algumas vezes pode ser difícil entender nossas decisões. Na maioria das vezes, erramos por egoísmo. Já elas erram em razão de amarem demais.

Por Deus, eu sei como isso é difícil, mas aprenda a ter paciência e tolerância com suas mães e dê-lhes o devido valor enquanto ainda estão ao seu lado.

Amadurecimento

Com o tempo, passamos a entender as mensagens que elas tentam nos transmitir, e o amor incondicional que nos entregam. Dor, medo, alegria, felicidade, tristeza ou amor… Tanto faz! Quanto mais forte o sentimento, mais se faz presente o amor de nossas mães.

Todos nós sabemos que essa é uma relação muito mais complexa do que aparenta. Ela é forjada em um caldeirão flamejante cheio de ingredientes contraditórios.

“Amor não se constrói apenas com amor”. É preciso ficar magoado, às vezes, até mesmo odiar, mesmo que por um instante. É preciso conhecer o lado mais cruel e também o mais benevolente um do outro.

Responda-me: quem conseguiria suportar todo esse turbilhão de emoções? Eu lhe digo: a sua mãe! Só ela é capaz de lhe despertar tantas emoções que gradualmente vão sendo absorvidas em nossos corações e mentes.

Até que finalmente estejamos fortes e maduros o suficiente para encarar a vida de frente e entendermos o verdadeiro significado do amor de uma mãe. Só então teremos paciência e habilidade para lidar com todos os tipos de situações e retribuir todo esse amor que elas nos entregaram durante suas vidas.

Se sua mãe ainda está viva, lembre-se disso…

Obrigado e parabéns a todas as mães do Brasil!

* Fabio L. Borges, jornalista e cronista gaúcho

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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https://www.osul.com.br/maes-amor-e-odio/ Mães: amor e ódio 2025-05-10
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