Sexta-feira, 23 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 22 de maio de 2025
O investimento total é de cerca de R$ 12 milhões.
Foto: Alex Rocha/PMPAO trecho 1 da Orla do Guaíba, local severamente impactado pela enchente de 2024 em Porto Alegre, receberá obras para tornar o espaço mais resistente aos possíveis novos eventos climáticos. O início da recuperação do Parque Moacyr Scliar aconteceu nesta quinta-feira (22).
O espaço de 1.300 metros de extensão, do Cais Mauá até a Rótula das Cuias, será totalmente recuperado para garantir reforço às estruturas. O investimento total é de cerca de R$ 12 milhões.
As obras serão realizadas em etapas. A primeira é a reforma completa das duas áreas utilizadas por ambulantes comerciantes de bebidas e alimentos com o objetivo de retomar a atividade econômica o mais rápido possível. Nesta etapa, também serão realizadas a demolição dos bares, vestiários e lojas e a construção de novo espaço para a Guarda Municipal, reforçando a segurança na região. O investimento é de quase R$ 2 milhões e o trabalho está previsto para ficar pronto até o final do ano.
“Estamos reconstruindo a orla com mais resistência, qualidade e cuidado com as pessoas. A enchente de 2024 deixou marcas profundas, mas também nos trouxe a responsabilidade de entregar uma cidade mais preparada para o futuro. Aqui, estamos unindo prevenção, recuperação econômica e respeito ao espaço público, que é de todos”, disse o prefeito Sebastião Melo.
“Conseguimos evoluir em outras obras na orla do Guaíba, mas o trecho 1 tem o maior custo. Então, precisamos escolher prioridades, como fazer as escolas que foram severamente atingidas, as unidades básicas de saúde, os laudos para as pessoas acessarem o direito à moradia. Agora, vamos recuperar o trecho 1 em partes, de acordo com o nosso orçamento”, explica o secretário do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade, Germano Bremm.
A segunda etapa deve iniciar em setembro, com a reconstrução dos bares e banheiros. Os bares receberão reforço na estrutura, assim como no trecho 3 da Orla.
As paredes internas receberão blocos de concreto mais resistentes aos impactos da água em comparação com a alvenaria convencional, novos revestimentos no piso e teto, além de melhorias nas esquadrias, instalações elétricas e climatização.
Os vestiários foram reprojetados para aumentar o número de sanitários femininos e masculinos. Eles terão revestimento cerâmico nas paredes, novas esquadrias e portas e janelas de alumínio. Além disso, serão instaladas novas redes elétricas, sistemas de climatização e dispositivos de segurança antifurto. Esta fase está orçada em R$ 4 milhões e deve estar concluída no primeiro semestre de 2026.
Por fim, a terceira etapa prevê a construção de estruturas para reforçar a proteção contra enchentes, como gabiões de contenção (gaiolas metálicas preenchidas com pedras) nas áreas de deques de madeira e metálicos e colchão reno (gabião em forma de colchão) no terreno próximo ao restaurante 360, para recuperar a área onde aconteciam os resgates em maio passado. Os taludes também serão recuperados e reforçados.
Os deques de madeira e metálicos passarão por processo completo de reforma, com limpeza, substituição das peças danificadas, tratamento e pintura, assim como os postes de iluminação ao longo do trecho.
A requalificação prevê também a retirada de inço e ervas daninhas de toda a extensão do parque para o replantio de grama, paisagismo com mudas do viveiro municipal e a instalação de novas lixeiras e bancos de concreto.
Equipamentos de lazer como playgrounds, academias e demais estruturas danificadas também serão recuperados ou substituídos. Por fim, o projeto contempla melhorias na acessibilidade, com ajustes nos caminhos para facilitar a circulação. O investimento é de R$ 6,1 milhões e as obras devem começar em novembro, se estendendo até o primeiro semestre de 2026.