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Política Em depoimento no Supremo, ex-comandante do Exército brasileiro diz não saber o motivo de sua demissão por Lula

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General Julio Cesar de Arruda afirmou ao STF que nunca foi informado sobre as razões de sua exoneração. (Foto: Tenente Ferrentini/Comando Militar do Leste)

O general Julio Cesar de Arruda, ex-comandante do Exército, afirmou nessa quinta-feira (22) que desconhece o motivo de sua exoneração do cargo. A declaração foi feita durante depoimento à Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito da investigação sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, que levaram Luiz Inácio Lula da Silva à presidência.

Arruda foi o primeiro comandante do Exército nomeado por Lula, assumindo o posto em dezembro de 2022, ainda durante a transição de governo. No entanto, ele permaneceu no cargo por apenas 23 dias, sendo exonerado logo após os ataques antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro de 2023, quando as sedes dos Três Poderes, em Brasília, foram invadidas por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Durante seu depoimento, ao ser questionado se tinha conhecimento do motivo de sua saída precoce do cargo, o general respondeu de forma objetiva: “Eu não sei por que deixei. Essa pergunta tem que ser feita para quem me nomeou e quem me exonerou.” A resposta reforça que, segundo ele, não houve comunicação formal que justificasse a decisão.

O general destacou que a nomeação e a exoneração do comandante do Exército são prerrogativas exclusivas do presidente da República, e que essas decisões não precisam, necessariamente, ser fundamentadas publicamente. “O presidente pode nomear ou exonerar um comandante a qualquer momento, de acordo com sua confiança e avaliação da conjuntura”, lembrou Arruda.

Arruda prestou depoimento como uma das testemunhas de defesa de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que se tornou delator no processo que apura um possível plano de continuidade ilegal do governo Bolsonaro após a derrota eleitoral em 2022.

Durante seu depoimento ao STF, Arruda também negou que tenha impedido a entrada da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) no Quartel-General do Exército, local onde manifestantes permaneciam acampados no dia dos ataques. Havia suspeitas de que a resistência das Forças Armadas em permitir ações da polícia teria contribuído para a impunidade dos envolvidos.

O general também rejeitou qualquer envolvimento com planos golpistas ou com tentativas de impedir a posse de Lula. Negou, inclusive, ter recebido propostas de adesão a qualquer movimento nesse sentido: “Nunca me foi oferecido nenhum plano de golpe”, afirmou.

Além de Julio Cesar de Arruda, outros sete militares prestaram depoimento ao STF na mesma data. As oitivas, segundo a Corte, duraram cerca de 1 hora e 20 minutos. As investigações continuam em curso e envolvem diversas frentes de apuração. (Com informações da CNN Brasil)

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