Por Redação O Sul | 25 de maio de 2025
A atriz norte-americana Viola Davis está coproduzindo um longa-metragem sobre a vida da atleta gaúcha Daiane dos Santos, que emocionou o mundo com sua performance e sorriso. Intitulado “A Menina Que Voa”, o filme mostrará a trajetória da adolescente que desafiou expectativas sociais e físicas para se tornar a primeira mulher negra a conquistar medalha de ouro no Campeonato Mundial de Ginástica.
Para a direção foi escalada a cineasta Yasmin Thayná. Já o roteiro é assinado por Flávia Vieira e Janaína Tokitaka.
Vencedora dos principais prêmios do entretenimento, Viola é admiradora e entusiasta de temas ligados ao Brasil. Sua participação no projeto do filme se dá por meio de uma produtora própria Ashé Ventures – nome também associado à afrobrasilidade, ao buscar inspiração na expressão “axé”.
O longa é fruto de uma parceria potente entre duas produtoras que apostam na representatividade. A Ashé entra como coprodutora ao lado da Maria Farinha Filmes, que ganhou destaque internacional com obras como “Aruanas” e “O Começo da Vida”.
De acordo com Luana Lobo, sócia da Maria Farinha, a parceria representa uma aposta na força da história de Daiane para inspirar uma nova geração de brasileiros. “Estamos em um momento muito especial para o Brasil, em que o público busca novos heróis. Temos a oportunidade de fazer deste projeto um grande case local, mas, acima de tudo, global”, contou ao ser entrevistada pela revista “Variety”.
A cinebiografia vai ser focada na vida de Daiane dos Santos, que emocionou o mundo ao conquistar o ouro no Mundial de Anaheim (EUA), em 2003. Com movimentos impressionantes e um sorriso contagiante, a atleta se tornou símbolo de talento e representatividade.
Ainda sem data oficial de estreia, o longa está em fase avançada de produção. O projeto carrega grandes expectativas de impacto tanto nas bilheterias quanto no coração do público.
Exemplo inspirador
Natural em Porto Alegre no dia 10 de fevereiro de 1983, Daiane dos Santos mostrou grande habilidade com o corpo desde pequena. Ela começou no balé, mas foi descoberta por técnicos de ginástica artística e se tornou uma das maiores atletas da história do Brasil.
A gaúcha foi a primeira ginasta a executar uma série de solo com dois mortais frontais com meias-torções. Os movimentos foram batizados como “Dos Santos I” e “Dos Santos II”. Apenas a norte-americana Simone Biles conseguiu igualar o feito, anos depois.
Ao longo da carreira, a brasileira enfrentou lesões e o preconceito, mas nunca deixou de lutar. Depois de se aposentar das competições, ela se formou em educação física e virou comentarista esportiva, além de atuar em projetos sociais e esportivos.
